Existem peripécias na autoconfiança. Esse orgulho, como muitas vezes definido, não é apenas soberba, aliás, se o orgulho dependesse dela, não existiria. Vejo tudo como falta de interesse. Vejo tudo como uma questão de não precisar, só que, apesar de muito óbvio, nunca somos completos. Pode ser que trabalhemos ao máximo para isso, até de forma independente. Apartir de então começa uma verdadeira luta conseguir acreditar em você mesmo, pior ainda se for pela própria auto-validação, uma vez que somos sozinhos, uma vez que somos carentes. Há até quem se socializa com este fim tão doloroso, em meio ao marasmo, tentar se identificar. Segundas intenções é inegavelmente muita humilhação, porque o coração tranquilo é a festa do acaso. Conheço pessoas que nunca tomaram conhecimento do seu ridículo. A maioria das vezes o problemas está dentro das ideias que temos sobre o eu. Ainda não existem remédios eficazes em apagar memórias, tratamentos para tornarmos autossuficientes, como em uma academia de musculação, meios práticos de fortalecer e definir nossa coragem. Emoções são extremamente particulares e intangíveis aos cuidados da mesma consciência. Mudanças e adaptações dependem de processos, alguns dramáticos, outros eufóricos. Uns se compreendem mais rápido, outros nunca conseguirão. De fato ainda não é possível simplesmente parar na calçada e dizer: calma! Espere ai, não me preocuparei mais com aquilo daqui por diante enquanto viver. Que bom seria ser orgulhoso por ser orgulhoso mesmo, sem esforço mental ou adquirido por experiências traumáticas. Um aplicativo para mente capaz de controlar nossas expectativas mais intransigentes. Como isso ainda não existe, todo o cuidado é pouco sobre o que achamos que somos e principalmente sobre o que achamos que não existe.