De fato, como menciona a Epopeia de Gilgamesh, antes de vencer a morte primeiro devemos vencer o sono. Isso acontece porque Samsara em si representa esse ciclo continuo de dormir e acordar e justifica tanto a Noite e o Dia quanto a Lua e o Sol. Então, a partir do momento que você tiver certeza da sua vitória sobre o ciúmes, não durma nesse dia para que brote a convicção de sua imortalidade. Samsara é a “rodada de renascimento”. Literalmente “perpétua peregrinação” é um nome pelo qual se designa o mar da vida sempre inquieto subindo e descendo, o símbolo desse processo contínuo de sempre nascer, envelhecer, sofrer e morrer. Colocado mais precisamente, samsara é a cadeia ininterrupta das combinações quíntuplas entre dormir e acordar, assim como o alvorecer do dia e o crepúsculo da noite, que, mudando constantemente de momento a momento, seguem continuamente umas às outras por inconcebíveis períodos de tempo. Eu gostaria de escrever um poema sobre Samsara porque acho que seria a única forma de melhor explica-la, mas não é que devemos deixar de dormir para sermos imortal mas o ciclo entre dormir e acordar entre noites e dias representa a rodada de renascimento. Deste Samsara, um único dia constitui apenas uma fração minúscula e fugaz; portanto, para ser capaz de compreender o sofrimento, deve-se deixar o olhar repousar sobre o Samsara, sobre essa terrível cadeia de renascimentos, mas não como várias vidas mas como vários despertar, que, é claro, pode ser às vezes menos doloroso. Assim, Samsara refere-se a um ciclo de existência mundana e esse fluxo continuo está na sucessão entre acordar e dormir, dormir e acordar, dia por dia, sendo uma roda que perpetuamente gira transmigrando como morte ao dormir e renascimento ao acordar. Se ainda assim for difícil de compreender, lembre-se do fato de todo dia precisarmos trabalhar para sobreviver por exemplo, isso é um bom exemplo de Samsara.