Não dá para dizer a verdade o tempo todo. A sinceridade tem limite e o limite é sempre próximo. Quando acha que está fazendo a coisa certa; está atingindo seu objetivo, se dá conta de que fez tudo contrário. Percebe as consequências e tenta se justificar pelas virtudes como se virtude fosse algo amplamente aceito para todos os momentos. As pessoas; o mundo, não querem verdades, querem soluções. Ser verdadeiro é ser perigoso. Não que ser mentiroso é ser diferente, mas quem mente tem a outra chance. Tem uma segunda oportunidade de reparar o que fez. Quando se é franco, é franco é ponto. O assunto morre. A conversa acaba. O silencio permeia. Falar constantemente a pura e sagrada verdade é como pular na multidão, uns vão se incomodar, outros vibrar, e você, sem perceber, pode se ferir ou ferir alguém. É verdade que quem é verdadeiro, quem é honesto tem sempre boa-fé. Não mede palavras para dizer que fez o que fez pelo bem. Pode parecer antipatia, mas falar a verdade é falar a verdade; é sofrer de uma só vez; é poupar de repetir o assunto, de voltar ao passado. Ser verdadeiro é ser livre. Gerando consequência ou não, a verdade liberta. O verdadeiro, o correto, erra menos. Pois como não falta com a verdade, não pode se sujeitar a situações que o comprometa, já que sabe que depois não conseguirá negar nem para si nem para outrem. A vida de quem fala a verdade é sempre ponderada, é sempre metida a ser justa. Quem fala a verdade é tão calculista quanto se possa imaginar. Mas para todo e bom verdadeiro há sempre aquele que fala sem pensar. E saí contando verdades por ai. Acha que é um triunfo ser o que é. Eu já contei tantas verdades. Sem falar nas que pensei em dizer só depois da situação ter se passado. Quase nunca ganhei com isso. Falar que ser sincero é ser inteligente; que falar a verdade é sempre a melhor atitude é a mesma coisa que falar na esperança que para tudo na vida basta ter fé em deus; que beleza vem de dentro; que não se deve importar com que os outros pensam; que não se deve reparar na beleza e sim no caráter; que dinheiro não traz felicidade: quem diz essas coisas além de ser pobre é burro. Curioso que às vezes falar a verdade é falar mentira. Porque sua verdade pode ser apenas sua, e quem pode negar senão você? De toda a forma a verdade, bem como a mentira, serve para humilhar, para descobrir. A verdade, oposta a mentira, dói, frustra, magoa. A verdade gera ódio, guerra, vingança. A verdade não conforta, desespera. Mas, entretanto, não há nada mais aliviante que obter, por meio da verdade, a prova da inocência. Contudo, a verdade nem sempre salva. Você pode até descobrir quem é o culpado, saber quem matou, quem roubou, mas saber isso nem sempre muda o fato de que às vezes o que se foi não se volta. Nem sempre traz um fim ou solução. Porque embora você seja o mais verdadeiro possível, você nunca será perfeito. O problema aqui é que ser verdadeiro não isenta de ser ignorante, de ser traiçoeiro, de ser mesquinho. Não é a verdade que modela o caráter. A mentira menos ainda. A questão é resolver ou quem sabe agradar, com mentiras ou verdades, amor, tanto faz!
Da flor ao Chorume retrata meu lado literário e retrógrado pela confusa intenção de se autojustificar, traduzindo e condensando minhas opiniões filosóficas e comportamentais a fortes palavras de fúria e de alucinação. Deve ser triste demais precisar e não ter ninguém com quem contar. Entre o passado e o futuro há o presente. Entre o chorume e a flor, uma esperança.
17 de novembro de 2013
25 de agosto de 2013
Você sempre será bela
A beleza do rosto está na juventude da vida? Seria possível adivinhar qual sua idade? Assim, nessa fase entre uma e outra. Assim, ao te olhar de repente. E te encarar como um cientista encara um problema. Portanto eu te analisei quando veio me chamar. Disse o que queria dizer sem ao menos notar. Quanto eu a reparei. Vi uma menina parda de dúvida. Com um tocante brilho nos olhos e as ideias ainda cheias de esperança. Eu vi um sorriso largo e sem curvas. Uma gargalhada aguda e sincera. Eu vi o que se foi e que não voltará.
Tratei de reparar dentro do espaço daqueles ligeiros segundos as cintilantes expressões do seu rosto. As enigmáticas feições que lhe davam por parte de mim o benefício da dúvida. Sobre sua mocidade. Sobre sua simplicidade. Afinal quem é você. Quem você foi. O que você viveu. E será que tudo foi o bastante. Será que algo de lá para cá a transformou em alguém melhor. Ou você melhor foi quando hoje não é mais. Está mais bela. Ou será que foi tanto quanto.
Como acreditar no que vejo apenas por que o que vejo me encanta. Deixa-me sem fala. Fazendo-me pensar no inevitável. Na degradação fatal e desautorizada. Na sua decepção de se ver e não se reconhecer. Confiante de que o tempo tarda. De que ainda há muito que aproveitar. Pois ainda é tempo de se divertir. É tempo de viajar, inclusive ao passado. Pensando no que deixou de fazer e se ainda há oportunidade.
Mas vamos então. Quantas vezes já não fez as unhas. Quantas vezes já não se desapontou. Já não chorou de raiva. Viu o dia em que nasceu como um dia arrepiante e cheio de verdades das quais você recusa aceitar. Porque embora você ainda ache estar bela, não significa que esteja jovem. Que é o que mata. O que silencia. Fazendo-te elaborar uma estratégia. Arquitetar um plano. Que não te ajudará por toda a vida, mas você sabe que ao menos disfarçará as impressões.
Você precisa de alivio para o sufoco intenso que seu reflexo te dá, colocando-a entre o adolescente passado e encanecido futuro. Entre a alegria que não sabia e o sentimento que também não saberá. Você poderá até achar injusto, pois eu também achei. Quando refleti nos detalhes da sua face. No amarelado dos seus dentes. Nas linhas envoltas a sua boca. Na flacidez do seu corpo. Naquilo que te consome. Que te faz tornar o que não quer.
Mas acho que você é tão bela que nem o tempo poderá mudar, até porque a nossa percepção, assim como nosso rosto, por conta do tempo também muda.
Tratei de reparar dentro do espaço daqueles ligeiros segundos as cintilantes expressões do seu rosto. As enigmáticas feições que lhe davam por parte de mim o benefício da dúvida. Sobre sua mocidade. Sobre sua simplicidade. Afinal quem é você. Quem você foi. O que você viveu. E será que tudo foi o bastante. Será que algo de lá para cá a transformou em alguém melhor. Ou você melhor foi quando hoje não é mais. Está mais bela. Ou será que foi tanto quanto.
Como acreditar no que vejo apenas por que o que vejo me encanta. Deixa-me sem fala. Fazendo-me pensar no inevitável. Na degradação fatal e desautorizada. Na sua decepção de se ver e não se reconhecer. Confiante de que o tempo tarda. De que ainda há muito que aproveitar. Pois ainda é tempo de se divertir. É tempo de viajar, inclusive ao passado. Pensando no que deixou de fazer e se ainda há oportunidade.
Mas vamos então. Quantas vezes já não fez as unhas. Quantas vezes já não se desapontou. Já não chorou de raiva. Viu o dia em que nasceu como um dia arrepiante e cheio de verdades das quais você recusa aceitar. Porque embora você ainda ache estar bela, não significa que esteja jovem. Que é o que mata. O que silencia. Fazendo-te elaborar uma estratégia. Arquitetar um plano. Que não te ajudará por toda a vida, mas você sabe que ao menos disfarçará as impressões.
Você precisa de alivio para o sufoco intenso que seu reflexo te dá, colocando-a entre o adolescente passado e encanecido futuro. Entre a alegria que não sabia e o sentimento que também não saberá. Você poderá até achar injusto, pois eu também achei. Quando refleti nos detalhes da sua face. No amarelado dos seus dentes. Nas linhas envoltas a sua boca. Na flacidez do seu corpo. Naquilo que te consome. Que te faz tornar o que não quer.
Mas acho que você é tão bela que nem o tempo poderá mudar, até porque a nossa percepção, assim como nosso rosto, por conta do tempo também muda.
24 de agosto de 2013
Nada pior
Que sempre correr e nunca alcançar. Ser achado ao se esconder. Gritar e ninguém escutar. Procurar e não encontrar. Criar e não ser reconhecido. Respeitar e ser mal tratado. Que se sentir feio. Rejeitado. Que acordar segunda-feira. Ou contemplar aos domingos o rápido pôr do sol. Ouvir a verdade e até ser obrigado a dizê-la. Lutar e não vencer. Ser corrigido. Mudar bruscamente de rotina. Depender dos outros. Se esforçar em vão. Errar mais de uma vez. Trabalhar de graça. Despertar de um lindo sonho. Chorar e ninguém se comover. Se arrepender e ninguém perdoar. Merecer e não ganhar. Não existe nada pior que sentir saudades. Ou vergonha. Ser mal entendido. No momento em que finalmente avança, ser barrado. Ser roubado. Ser humilhado. Acordar depois do ponto. Esquecer justo quando deveria lembrar. Ninguém com quem confiar. Não há nada pior que uma ressaca. Não há nada pior que se sentir solitário. Fazer parte de um acidente. Romper um relacionamento. O primeiro instante ao saber que será pai. O primeiro instante ao ser informado que alguém querido se foi. Nada, nada pior que ser agredido injustamente. Ser expulso sem razão. Dormir com remorso. Ser acusado. Ser excluído. Perder. Dever. Não existe nada pior do que querer e não poder ter. Do que ser enganado. Ou traído. Sentir inveja. Sentir raiva. Sentir medo. Não saber o que fazer. Não há nada, absolutamente nada, pior que saber que independente de como for tudo ainda pode piorar.
São
Paulo dia 19 de Agosto de 2013
Escrevi
este texto em sala aula após ouvir uma colega dizer que não há nada pior que
escrever.
21 de julho de 2013
Avon
A tristeza apertou meu coração fragilizado que hoje à tarde parecia se partir em mil pedaços. Seu conteúdo escorrido entre promessas quebradas, nos lugares vazios que meu amor costumava preencher. Apoiei o rosto na vitrine molhada e aquele olhar pálido, como um tempo nublado, deslizou lentamente acompanhando o agonizante poente do sol. Como poderia eu saber se esta dor um dia iria terminar? Aquele amor, ao contrário da matéria ou da energia, era uma fonte infindável no universo. Ali sentando eu me transbordei. Que loucura foi acreditar poder obter o que não era meu. Que frio profundo são estes dias de saudade. Da falta que me faz aquele sorriso soltos em momentos que ainda guardo como recordação.
Um sentimento que crescia a partir do nada. Que não podia ser erradicado nem mesmo do mais negro coração, protegido por um peito machucado. E eu que deveria evitar, porque infelizmente já não há mais tanto folego assim. Se eu soubesse disto, e quem diria que eu iria acreditar? Que antes de uma verdade há sempre outra verdade. Não teria nem uma chance de permanecer no triste banco tomando chocolate até àquela hora. Para que eu não tivesse que saber a segunda verdade antes da primeira; que sentir amor era carregar uma linda xícara que podia se perder ou ser quebrada. Pior, derramar sangue vermelho pelo chão e que o amor não era imutável. Ele pode se transformar em ódio como o dia se transforma em noite e como a vida se transforma em morte.
12 de julho de 2013
Suco ou semente
Ter amigos é realmente ter tudo. Em contra partida, essa afirmação é um paradoxo, pois as ligações que se estabelecem entre amizade e apoio são como uma via de mão dupla. A amizade, por mais importante que seja, nos aprisiona na atividade de dar é receber. E a esperança, nesse processo, age como um vício que proporciona a ligeira segurança de existir uma saída para os momentos de aflição.
Quando se está em família, por exemplo, há a preocupação constante em tirar notas boas; de chegar cedo; de ponderar nas amizades; nos hábitos; nos relacionamentos; de calibrar momentos de ócio, lazer, dialogo, educação e trabalho. Se algo sair do lugar, será motivo de questionamentos e indiretas. Não trazer resultado significa maior cobrança e não muito diferente que um trabalho, as metas devem ser sempre superadas.
Quando se está entre amigos haverá sempre a questão de confiar ou não. De ter certeza que poderá contar quando precisar, que nem sempre se tem. E não dá para negar que ao ser ajudado se aludi um leve sentimento de vergonha e que às vezes é interpretado por quem ajudou como ingratidão. A realidade é que a última coisa que queremos é precisar da ajuda de alguém. Até porque, ser ajudado pode demonstrar sentimento de compaixão e simbolizar fragilidade do ajudado em não poder ele mesmo se ajudar.
A contradição está, então, ai. Não é possível afirmar que não ter amigos é não ter nada. Ao invés disso, contar com outros é, em muitos momentos, se escorar nos muros da sorte alheia. A amizade é uma barganha. Uma prisão de afetos. Momentos de dedicação infindável e forte apego pelo receio de um dia se desapegar. São precavidas atitudes e delicados cuidados que nutrem a partilha da qual nos cercam e nos limitam.
Ter amigos é ter algo a se prender, que para muitos não deixa de ser uma forma de liberdade. Porém, a liberdade genuína é a liberdade de se estar livre. No mundo das relações sociais o poder está na autonomia e a estratégia na união de interesses. Quanto menos você depender das pessoas, mais livre você se tornará. Isso é mais uma escolha. Desfrutar do refrescante suco transgênico da independência ou cultivar com paciência as sementes da amizade.
14 de junho de 2013
A responsabilidade de ser responsável
Se autossustentar é um desafio que o coloca a beira do desconhecido. Você não sabe o que fará caso perca o emprego. Não saberá o que fazer caso fique doente. Mal enxerga o ano passar. As doces e encantadoras expressões da vida são sutilezas que passam despercebidas aos seus sentidos. Como um animal, você só pensa em sobreviver. Quase todas as notícias são assustadoras. Os edifícios altos, as construções deslumbrantes, os espaços vazios, inclusive o céu, são objetos de cobiça para sua autopreservação.
Autonomia e poder de pagar em todas as manhas um café com pão na chapa é ariscado tanto quanto seguro. Uma confiança que não se pode confiar. Segurança completamente insegura. Um problema que também é uma solução. A experiência é a única ferramenta que modela o sujeito a ter condições de suportar a incerteza. Você precisa passar pela situação para no futuro saber evitar ou amenizar. Enfrentar a primeira vez de algo é enfrentar uma grande piscina, funda e de água gelada. Azul porque é irônica. Como um sorriso malicioso. Um carinho violento. Ora, a incerteza esconde algo que pode ser bom, ou, ruim.
Andar pelas ruas com os ombros erguidos. Rir sozinho. Conversar com estranho como se o conhecesse, e ser correspondido. Estar alegre e ter a tranquila lembrança de que tudo está no lugar. Como colocou, como deve ser. Situações de vida que não é fácil conquistar só. É como segurar seu próprio corpo sobre um precipício. Ter responsabilidade de se responsabilizar por si é a evolução que cedo ou tarde o homem deverá se submeter, ou, será submetido.
A vida de alguém se passa em etapas. Algumas destas perduram por períodos maiores. Começar as coisas mais cedo pode resultar em terminar mais cedo. A fadiga de ser responsável por si é rigorosa, mas não é mais que ser responsável por um filho. Fico imaginando como reagirei ao receber uma notícia de que serei pai....?!?!
18 de maio de 2013
Estar pobre e triste às vezes é estar extremamente consciente
Existe mais podre do que rico? Lógico que sim. Podre é a classe dominante. Existe mais felicidade do que tristeza? Lógico que não. Tristeza é o sentimento dominante. Algumas pessoas acham que sou triste. Que sou, então, mais um choram em meio aos fracassados. Só que quem pensa assim ainda não descobriu que eu olho sempre para mim; e por isso, fico sempre alerta para não errar em uma coisa: no julgamento. O Podre se preocupa muito em melhorar de vida. Em se tornar, assim, um rico, quem sabe. O Triste pensa, como pensa, em um dia viver alegremente. Passa horas à procura da felicidade, que proporcionalmente se aparenta distanciar. Ambos, Podre e Triste, quase não possuem tempo para pensar na vida dos outros, até por que se dedicam, quando querem, plenamente em melhorar a sua. O Pobre e o Triste sabem o que é ser julgado e com isso aprendem melhor a se julgar.
No novo quintal onde moro existe uma família. Essa família é a proprietária do imóvel. Eu moro de aluguel na casa dos fundos, e minha parede divide meu quarto com a dessa família. Aliás, nem sei se é bem uma família. Pelas conversas que ouço através de seus gritos, posso entender que ali vive um velho, talvez o dono. Uma velha, provavelmente dona de alguma parcela da propriedade. Uma filha e uma neta. Todos brigam entre si. Em nível de guerra. E depois desta última noite, se eu achava que na minha casa vivia-se um inferno, aqui é algo pior. As discussões se desenvolvem facilmente e sempre por coisas fúteis. No decorrer do conflito — que às vezes o que está em cheque é algo insignificante como um copo que caiu no chão — começa-se a falar de acontecimentos passados e as lembranças trazem recordações de fatos que deveriam ser esquecidos. Os gritos, os berros. As coisas que caem ao chão, semana a semana. A neta que se desespera e se penetra na situação fazendo presença ao colocar seu pronto de vista: CHEGAAAAAA! CHEGAAAAAA!
Tudo começa pela filha. Ela é a pessoa que mais se incomoda na casa, e se incomoda com tudo. Ela parece muito comigo, inclusive. Em todos os aspectos não. Apenas em um: no julgamento. Antes de parti da casa de meus pais, achava sempre estar certo. Julgava-me ter razão, e os outros, defeitos. Nossas brigas familiares, pelo menos, eram mais lúcidas. Havia mais conversa e em alguns momentos parávamos para buscar um saudável dialogo. Entretanto, nunca existiu acordo, nem contentamento. Era outra guerra. Deitado na cama do meu quarto e escutando todos os escândalos durante a madrugada, comecei a perceber o quando é difícil entender os defeitos dos outros enxergando os defeitos nossos. A filha se acha perfeita e por tanto, não aceita falhas. Ela não se acha triste. Acha, apenas, que os outros a fazem se sentir assim. Ela nunca vai tomar a atitude que tomei. Ela nunca vai encarar sua realidade, encarar a si mesma.
Tenho muitos motivos para me entristecer com meu pai, porém, tenho muito mais para agradecer. Ele fez o que fez, e fez de tudo isso a sua parte. Cabe agora a eu fazer a minha. Sou Triste com isso. No fundo eu queria muito te dizer boa tarde! Isso, simplesmente boa tarde. Queria poder te ver todos os dias. E conversar sobre as coisas boas. Quero tanto ver nosso melhor, tanto. E para isso sei que em primeiro lugar devo te respeitar acima de qualquer coisa. Você jamais me verá agir de uma forma pela qual não seja compatível com seu interesse. Embora seja difícil saber o interesse das pessoas, eu sei mais ou menos me atuar. E nessa minha ação você poderá me achar frio, desmotivado ou triste quem sabe. Não dói se comunicar. Às vezes nada tem a ver com preocupação, mas "apenas carinho". Daí, de repente, também, eu fique muito extrovertido, e você normalmente pode dizer: está passando dos limites.
Você pôde ver a minha outra face. Um dia acreditou que eu era misterioso, inteligente e interessante; depois, muito recentemente, teve certeza de ter se enganado ao ver completamente o oposto. Hoje, quem sabe, você esteja confusa. Sem saber quem eu sou. Ou quem sabe tenha se contentado, porque talvez você já tenha vivido isso e ao olhar para minha atitude viu uma fase da situação e comportamento que julga ser inerente a todo o ser humano. Ou seja, viu um menino, que demonstra ser pobre e triste. Pode ser que eu seja. Tem gente que acha. Mas já ouvi comentários contrários. Tem pessoas que não vê outro Guilherme se não o crítico literário.
Meu pai acha que eu sou louco. Minha mãe acha que sou um artista. Minha irmã tem hora que me cópia; hora evita fazer tudo que faço. Vários tem certeza que sou alcoólatra e poucos, drogado. Alguns acham que trabalho, outros que estou desempregado. Que moro com meus pais ou que moro sozinho. Algumas meninas falam que sou romântico e delicado, outras, que sou arrogante e insensível. Eu um dia cansei e assim, me perguntei: quem sou eu que tanto faço de mim? E uma plateia parou para ouvir a resposta, que ainda está sendo respondida. As pessoas entram em nossas vidas para justificar quem nós somos. Eu jamais poderia dizer quem eu sou sem dizer o que para mim você foi, por exemplo. Você fez parte da minha história e eu fiz parte da sua. Boa ou ruim, uma história tem sempre um final verdadeiro.
Boa tarde. Simplesmente boa tarde!
São Paulo, dia 18 de maio de 2013
9 de abril de 2013
Alguém para agradecer
Nesse Domingo marquei de me encontrar no Centro. Cheguei no horário certo e, com meu comportamento, fiz bonito. Tratei de dar toda atenção a mim durante todo o passeio. Observei minha relação com esse urbano mundo metropolitano; e cabei por descobrir que não gosto tanto de estar ali.
Não sei como explicar, mas olhei para coisas que antes não reparava. Nunca vi lugar para ter tanto ladrão, usuário de droga e morador de rua. Sem falar do cheiro de urina por todo o lugar. Embora todos cidadãos, sem querer sujam as ruas e poluem mais o ar.
Estava com a mente saturada. Eu tive que urgentemente procurar um lugar limpo para comer e descansar. Foi quando avistei o shopping Light. Dirigi-me ao quinto andar, sentei-me e pedi uma refeição. Enquanto aguardava, olhava ao redor e pensava: até o shopping daqui é esquisito. Não existem cores no Centro, e os que querem colorir, não colorem, urbanizam. É um simples preto e brando que forma a escória da sociedade.
Depois da refeição, veio-me uma vontade enorme de agradecer... Meu destino para noite era um lugar do Centro chamado Jam Olido. Evento musical, da cena Hip hop e Charme, que abre espaço a coletividade para o lazer e cultura todo primeiro domingo do mês.
Localizado na República, o ambiente é a Galeria Olido. Um salão moderno e com paredes de vidro, feito de modo estratégico para quem estiver de fora ver o panorama da festa. A atração, mesmo sendo gratuita, não possui publico grande. Só participa quem realmente gosta de dançar musica Black, Disco, entre outros.
Durante a volta, passei em frente a uma igreja. Saíram pela sua porta uma família. As crianças cantavam um musica gospel bem familiar. Lembrei de quando ia à igreja também. Lembrei da confiança que carregava comigo. A confiança de que nunca estaria só e de que nada daria errado. Se depois de um tempo você deixar de acreditar naquilo que desde a data de seu nascimento ensinavam-lhe, é certo que em algum momento futuro sentirá falta daquela fé.
Mas não sinto essa falta por que receio o imprevisto. Já passei por situações de perigo e não me apoiei em segurança espiritual alguma. Só queria alguém para agradecer. Se Deus existe ou não, ele foi o único que, naquela noite olhando para aquele lugar, eu encontrei.
Não sei como explicar, mas olhei para coisas que antes não reparava. Nunca vi lugar para ter tanto ladrão, usuário de droga e morador de rua. Sem falar do cheiro de urina por todo o lugar. Embora todos cidadãos, sem querer sujam as ruas e poluem mais o ar.
Estava com a mente saturada. Eu tive que urgentemente procurar um lugar limpo para comer e descansar. Foi quando avistei o shopping Light. Dirigi-me ao quinto andar, sentei-me e pedi uma refeição. Enquanto aguardava, olhava ao redor e pensava: até o shopping daqui é esquisito. Não existem cores no Centro, e os que querem colorir, não colorem, urbanizam. É um simples preto e brando que forma a escória da sociedade.
Depois da refeição, veio-me uma vontade enorme de agradecer... Meu destino para noite era um lugar do Centro chamado Jam Olido. Evento musical, da cena Hip hop e Charme, que abre espaço a coletividade para o lazer e cultura todo primeiro domingo do mês.
Localizado na República, o ambiente é a Galeria Olido. Um salão moderno e com paredes de vidro, feito de modo estratégico para quem estiver de fora ver o panorama da festa. A atração, mesmo sendo gratuita, não possui publico grande. Só participa quem realmente gosta de dançar musica Black, Disco, entre outros.
Durante a volta, passei em frente a uma igreja. Saíram pela sua porta uma família. As crianças cantavam um musica gospel bem familiar. Lembrei de quando ia à igreja também. Lembrei da confiança que carregava comigo. A confiança de que nunca estaria só e de que nada daria errado. Se depois de um tempo você deixar de acreditar naquilo que desde a data de seu nascimento ensinavam-lhe, é certo que em algum momento futuro sentirá falta daquela fé.
Mas não sinto essa falta por que receio o imprevisto. Já passei por situações de perigo e não me apoiei em segurança espiritual alguma. Só queria alguém para agradecer. Se Deus existe ou não, ele foi o único que, naquela noite olhando para aquele lugar, eu encontrei.
22 de fevereiro de 2013
Racionalizando o que sinto por você
...Você só sente a minha falta por que eu também sinto a sua. A gente vive em compaixão pelo passado. Às vezes acho que você chora de barriga cheia. Não conseguiria compreender sua dor, mas quando me lembro da minha história e alcanço meu ponto melancólico mais alto vejo a necessidade de te respeitar, ou, de no mínimo, respeitar suas palavras. A vida é dura sim e tudo pode acontecer a qualquer hora. É como você talvez já esteja cansada de me ouvir dizer, “doce veneno”. Só não vejo nexo entre a realidade e seu interesse por me ver um cara intimamente familiar. Mas mesmo assim há uma ligação em comum que jamais eu poderia negar - o que queremos, a única coisa que queremos, é ser feliz. Essa é a palavra. Esse é o propósito. Nada a ver com riqueza ou luxo, simplesmente com dignidade. Esse é o carma. Já me encontrei por várias vezes em conflito comigo mesmo, na vontade estrondosa de jogar tudo para o ar, e ser ingrato, a ponto de apagar o que aprendi. Esse é o erro. Eu odeio tanto meu pai que eu nem sei por quê. Você gosta tanto do seu pai que nem sabe por quê. Porém, o importante é alcançar a felicidade, e a gente só não consegue por que prestamos atenção em tudo mesmo no propósito: você na falta de alguém e eu na vontade de me ver livre de alguém; como se isso trouxesse a efetiva felicidade. Meu pai me fala que pobre luta por coisa inútil e depois joga a culpa do fracasso na dificuldade. Faz sentido, veja eu, que vivo lutando pela oportunidade de sair de casa, e sempre no travesseiro da derrota desisto pela complicação da luta. Meu desanimo se justifica por algo fútil, uma vez que se eu desempenhasse todo meu trabalho em, por exemplo, estudar melhor, trabalhar mais, a caminhada poderia ser mais objetivo ou quem sabe mais fácil. Afinal, destino ou não, fazendo certo ou errado, sempre estaremos aqui, presos no tempo e na vida. E o êxito só existirá na diferença que fizermos com nossos esforços. Por falar em tempo, como ele tem te tratando? Estou de castigo por ele, preso em um lugar que não evolui. Pode ser que a evolução faça parte de uma percepção errada que minha ideia gananciosa cria. De qualquer forma tudo permanece como estava. Bom, quando você fala de saúde, inclusive da sua saúde, nada me vem na cabaça senão te procurar, mas convenhamos que não está valendo mais nada resgatar o passado, principalmente se ele é misterioso, burocrático e cheio de desejo como é. Você tem cara de fome, de muita fome por uma vida que infelizmente ainda não deteve recursos para adquiri-la. Falo de felicidade, seja com quem for, seja onde for e como for. Falo é de justiça, que a seu ver o mundo não entende. Você tem sim compaixão pelo passado, por não ter feito o que queria fazer ou ter feito o que fez, mas de forma mais proveitosa e duradoura. Se sente culpada. Com inveja do que deixou de ser, ou do que não foi. Se eu estiver errado não importa, nada faz diferença e o que faz é questão de ponto de vista. Até mesmo a felicidade, tão relativa! Doce veneno que tomamos todos os dias e que nos mata gole a gole. Mas e daí, é doce. Negligenciar a vida, se estar comigo te faz bem, se viajar te faz bem, amigos, família e sua casa, busque isso então, mas com objetividade, não com espírito de gente preguiçosa e sem cultura. Se morrer morra com uma justificativa ou se quiser fazer melhor, morra como uma heroína. Não queira acreditar que as moiras da pobreza tecem o fio da nossa vida, prefira se valer pelo meu propósito. É sempre de lei que eu nessas ocasiões proponha um encontro descompromissado. Mas acho que no momento é melhor deixar tudo como está. Até por que ele pode acontecer a qualquer hora. Agora eu não sei se faz parte da sua ou da minha escolha, mas isso não importa. As decisões que tomamos na vida só têm valor quando forem tomadas para atingir nosso propósito. Se eu escolhi ter te seduzido naquela estação e ter te iludido, foi mais um ato de genuíno desespero por não conseguir um efetivo progresso nas escolhas tomadas. A maioria das coisas que a gente faz é por desespero, por fome, por dor. A vida vive a nos dominar, bem na nossa frente e gente olha e não faz nada. Tudo por causa da ansiedade, do azar, do medo. Mas como sofrer dá a impressão de que tudo tem sentido, a gente se contenta, se acomoda. Aceita a carniça e da gloria a deus. Olha para o presente e diz: está vendo, não estudei. Mas não é bem por ai. A gente pode, porque qualquer um pode. Nada tem absoluto sentido, tudo é relativo, principalmente a sorte e o azar. Infelizmente consolar é concordar, a gente se consola, a gente se concorda e quase sempre igualamos, com tristeza, nossas opiniões. Sabemos que temos razão no que falamos, por isso brigamos e buscamos prazerosamente convencer. Nem um de nós dois saímos da vista do outro sem a convicção da desistência de opinião oposta. Eu sempre fui para casa contente por ter te convencido e feliz por você ter me mudado, um pouco que fosse. É muita humildade, tanto que transborda pelos nossos olhos o reconhecimento. E ai sabe o que acontece, o que sempre acontece, ficamos exigentes. Extremamente exigentes. Um querendo mais do que foi, outro querendo a causa mais que o feito. Eu vivo sonhando em um dia sair e poder te chamar, sempre tive a certeza de que você é a melhor pessoa do mundo como companhia e não sei por quê. Esse é o meu sonho, fora isso, é extrapolar para a burrice e sofrer na ignorância. Não gosto de falar técnico assim, mas é o jeito que sei. Mesmo que uma escolha caracterize um propósito, o nosso propósito maior não pode ser definido pela junção de todas as nossas escolhas. A decisão de ti beijar não foi uma escolha em prol daquele propósito e sim um apelo da emoção por nada dar certo. É confuso de explicar, mas a valorização que hoje devemos dar são para as coisas que nos serviram para atingir nossos objetivos maiores. Valorizar o que fizemos é valorizar tudo menos o que realmente importa, é gastar energia com algo que podemos ter sem gastar nada, exigindo, para tanto, apenas um pouco de razão. É querer pagar entrada em exposição gratuita. Comer sem fome, mas por tentação de vontade. Desnecessário. Desculpa se ainda continuar confuso, falta-me compreensão ou sei lá, simplicidade. Mas estou em paz e por isso não quero guerra com ninguém. Conheço você de outros carnavais, já vi suas várias reações em diversas situações, veja bem, não falo de todas, falo de várias, sei o quanto é barraqueira e raramente tem consciência disso. Porém, você tem sorte, uma vez que até as melodias nos mostram que é impossível encontrar o amor sem perder a razão. Mesmo assim, está ai uma coisa que posso afirmar quanto a você, é limitada à emoção. Apesar de a princípio ter sido difícil acreditar, hoje não se dá mais para mascarar a verdade sobre sua fragilidade. Mero defeito, que às vezes um bom filme, ou livro, resolva - dependendo também da sua capacidade de se adaptar. Sempre quando falo de ser racional sou julgado por achar que quando somos mecânicos, somos melhores. Ignorância. Não me refiro a máquina sem sentimento, mas sim de raciocínio com emoção. De que vale optar por não ser um robô feliz para ser uma árvore triste, nada! Aprendi observando outras pessoas, as que são capazes de mostrar a maneira lógica de agir sem perder a ternura. Comportamento que enquanto é vulgar, ao mesmo tempo é inteligente. Superficial é minha observação talvez. Importante é que dê resultado. Importante é que eu esteja errado para que haja oportunidade de você estar certa, ou contrário, mas nunca igual, senão seria o fim. A gente não se combina e o fato de pensarmos um pouquinho antes de partir para o arrebento não muda a situação de sermos diferentes. O fato de sermos diferentes, entretanto, não implica, necessariamente, na possibilidade de estarmos juntos. O "problema" é o modo como cada um exteriorizou o outro - como a gente sabe, a alegria é profunda, mas a tristeza é superficial, e de acordo como sentimos um ao outro, esse entendimento pode ser a "causa". E sem uma solução, a falta de equilíbrio atrapalha nossa relação, principalmente quando o interesse exclusivamente afetivo é o foco. Puro desprazer. Mistério, burocracia e desejo. Elementos capazes de acabar com um dia, um ano ou uma vida inteira, além de serem reflexo daquele desespero que nos rebaixa diante de nós mesmos e dos outros. Se respirar fundo e erguer os pés verá a luz no horizonte e nesse passe de mágica "tudo" pode, mesmo que por pouco tempo mas suficiente para nos despertar para a oportunidade, se transformar em motivação. Porque embora "doloroso", é abstrato, e melhor ainda, "não é impossível". Apesar de nosso propósito maior ser o mesmo, é relativo de mais. Ainda faltam alguns anos para aprendermos a acreditar um no outro, ou eu em você. A nossa amizade é completamente castigada, como uma presidiária condenada por roubo de alimento, com suas roupas sujas e rasgadas pelo sofrimento, suas mãos calejadas e seu rosto cortado com as crueldades. Mulher cheia de sabedoria, porém cheia de magoa. Corre todas as noites possíveis na encantada ambição de pular o muro e voltar a viver livremente. Sinto muito por fazer você ler tudo isso, as coisas poderiam ser mais simples, a nossa comunicação sempre foi maçante mesmo. Infelizmente não há nem indícios de tudo ficar mais prático simplesmente por tudo ser relativo. A minha vontade não é a mesma que a sua e tão pouco a sua quanto a minha, e mesmo que a união faça a força, eu me acostumei com o sofrimento das grades, enquanto você não se adaptou com a ausência de liberdade. Aqui, prefiro ser robô, você, uma árvore. É esse tipo de escolha que deve ser respeitada.
Um super beijo.
Guilherme, São Paulo, dia 05 de dezembro de 2012
8 de janeiro de 2013
Um antecipado recado
Um dia você vai me pedir para falar da verdade. O milagre que reconhecerá ao ver a vida. Para explicar o inexplicável. E se nesse dia eu titubear ou falhar, saiba que existe uma resposta. Uma verdade sagrada e eterna, mas uma verdade que você nunca possa esperar descobrir sozinho. A sorte encontrando o seu outro perfeito. Seu oposto perfeito. Seu protetor, e que o coloca, alternadamente, em perigo. A sorte embarcando com este outro na maior das jornadas. Em busca pela enfermidade e imponderabilidade da verdade. Se um dia essa sorte lhe acontecer, não falhe nem deixe de aproveitá-la. As verdades estão lá fora. E se um dia você vir um milagre como eu vi em você, vai saber que a verdade não é encontrada apenas na ciência, nem em uma planície desconhecida: mas procure dentro do seu próprio coração. E nesse momento você vai ser abençoado e afetado pelas verdades mais reais que nos mantêm unidos, ou que nos mantêm, dolorosamente, desesperadamente, separados.
2 de janeiro de 2013
Nem sempre uma chance é um perdão
Por que não ter recomeçado. Mudado as mobilhas de lugar. Passado a medir, de lá para cá, as decisões ponderadamente. Pois por mais que a chance não existisse mais em si mesma, existia na memória. Hoje muita coisa mudou: diferenciadamente de quando eu era um menino. Agora insisto acreditar que me tornei algo melhor do que fui antes, despercebendo os males que causei. Um tanto rebelde não sei por que. Incompreensível além da conta. Exagerado de ambição e antipatia. Mas a consciência agora é outra. A percepção se converteu como se alguém de algum lugar tivesse dito chega! E é o tempo, o mesmo que eu não respeitava, que tem consumido minhas esperanças. O tempo tem mostrado que tudo é uma questão de paciência. Que não há motivo para correr e dificilmente haverá para ficar parado. Com o tempo esclarecemos nossas duvidas, mas logo em seguida, depois de um tempo, deparamo-nos com outras mais. Eu vivo na escuridão da minha imaginação. Cego de um mundo de acontecimentos que não vejo e de um transcorrer de tempo que não alcanço. Um mundo de coisas que operam através do tempo e espaço somente imaginável para mim como um voo de fantasia. O que é a vida que atrevemos a imaginar, mas que tememos aceitar? Que atividades escusas ocorrem ao nosso redor, ocultamente, por forças que não sei, mas, por algum motivo, anseio acreditar. Nada sei sobre o amanhã, e ainda que o ontem me sirva para algo, não posso mudá-lo. A passagem do tempo nos aprisiona não apenas em uma forçada cena de dias a dias, mas em momentos de esperanças frustradas e tragédias inevitáveis. Como seria preciosa a chance de voltar só para descobrir que ao enfrentar o passado você é obrigado a se encarar. É inevitável, pois de um jeito ou de outro o que tivermos que fazer faremos. A saída da prisão do tempo não liberta da prisão do seu próprio caráter, do qual não há escapatória.
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