Da flor ao Chorume retrata meu lado literário e retrógrado pela confusa intenção de se autojustificar, traduzindo e condensando minhas opiniões filosóficas e comportamentais a fortes palavras de fúria e de alucinação. Pois se sabe que tudo acabará um dia ou se perderá na liquidez do tempo, como grandes Deuses que hoje se converteram em lendas ou, emocionantes historias de grandes personalidades, em mitos. Shakespeare, por exemplo, é lembrando por quem ainda se dedica às artes historicamente marcantes, nada além disso. Jesus Cristo morreu pelo capitalismo feroz e todas as religiões cristãs no ocidente manipulam almas perdidas, mas corrupções e hipocrisias no mundo todo estão ai em todos os lugares. As mídias para serem confrontadas pela política ou pelo delírio não nos aprisionam, cabendo a nós estudar para se libertar. Aquilo que meu sorriso ácido e meu humor macabro oculta é denunciado pelas minhas emoções ao escrever sobre os sentimentos do homem e do mundo. Longe da busca por fama e sucesso, o sonho é se sentir vivo e produtivo, seguindo o coração relaxado e a mente aberta ao máximo do limite que der, antes da fatalidade discricionária acontecer. Observações serão feitas, especialmente sobre uma flor ao nascer no caldo de um lixo, para entender que realmente o impossível é uma opinião. Entre carros e casas, moveis e imóveis a circular ou se instalar nas terras exploradas, sobra para alguns um asfalto irregular. As crianças e adolescentes remam em seus brinquedos por pisos esburacados, mas no centro ruas lisas, tapetes de petróleo e areia fina formam um manto a "boa" classe. Na calçada o morador deficiente em situação de rua chora questionando quem poderia lhe ajudar, e eu com minha vida, olhando o contexto, vejo muitos iguais por todos os lados. Não que não seja digno trabalhar e sustentar seu luxo, olhar o mundo e se abster. Onde as doenças e a fome não fazem sentido quando acreditamos que cada um teve suas escolhas e tomou suas decisões. Podemos desejar que para os que pensam assim, jamais caírem em tentação. Deve ser triste demais precisar e não ter ninguém com quem contar. Entre o passado e o futuro há o presente. Entre o chorume e a flor, uma esperança.