Da flor ao Chorume retrata meu lado literário e retrógrado pela confusa intenção de se autojustificar, traduzindo e condensando minhas opiniões filosóficas e comportamentais a fortes palavras de fúria e de alucinação. Deve ser triste demais precisar e não ter ninguém com quem contar. Entre o passado e o futuro há o presente. Entre o chorume e a flor, uma esperança.
26 de abril de 2019
Jazz
Mesmo quando o sol aquecia o ar a ponto de sufocar minha pele e interromper minha oração, não houve vez em que acordasse e não planejasse um belo dia. Mesmo agora que lá fora o tempo chora, me sinto perdido, mas ainda esperançoso. Se não desligo a música, não desligo a fé. A música é a Deusa das minhas emoções. Mesmo que eu tenha que novamente partir. Mesmo que eu seja novamente julgado. Mesmo que eu envelheça fora de casa, sem uma casa ou expulso de todas, eu não desistirei de olhar para o meu mundo com esperança. Não desistirei de acreditar em mim, porque sou a única pessoa capaz de me salvar. O buraco mais fundo é o da mente e mesmo que lá eu nada enxergue, se houver música eu vou dançar. É dançando que vou seguindo a vida.