15 de novembro de 2022

A química do Espírito e a causa da cor azul no Céu

   O mestre tântrico budista vajra da Índia, Senhor Padmasambhava, nos ensina que o Espírito (Purusha) é um átomo (Paramanu) de Ar (Paramatman). Adiante, falaremos da relação que há entre o Hidrogênio (Vayu) com o Espaço (Éter), antes, porém, primeiro é importante lembrar que o Ar que respiramos chama-se Praṇa (Respiração). A diferença entre Praṇa e Vayu é que o Praṇa é a porção que respiramos e o Vayu a totalidade do Ar (Bindu). Praṇa (Respiração) é Atman (Prapanca) e Vayu (Ar) é Purusha (Paramatman). A porção que respiramos faz um som (Nāda) e a totalidade não faz (Bindu). Bindu é o Pai, Nāda é a Mãe, Ātmān é o Filho(a) e por essa razão todos os que respiram podem ser salvos porque todos os que respiram são filhos(as). A palavra Prāṇa (Nāda) tem sido traduzida como força vital, energia biológica, bioplasma ou Vīrya, mas de fato refere-se ao “sopro vital” de Gênesis 2:7. Controlando a Mente (Consciência), pode-se controlar o Praṇa (Nada) e controlando o Nāda (Som), pode-se controlar a Mente (consciência). O estado em que Vāyu (Ponto) e Prāṇa (Som) se misturam tornam um Paramatman (Espírito), que é composto por visão (Ar) e sabedoria (Espaço). Isso é possível apenas por que no centro da cabeça está a glândula pineal que é um espaço de consciência chamado de Alayavijnana e representa a "coemergência" da incessante luminosidade da mente (Prakasa). Os dois olhos é resultado de uma falha da natureza causado pela paixão (Kasaya). É a mistura da união do pai com a mãe conhecido como Prapanca, como é da Terra com o Céu e assim da Água com o Ar. Antes disso só existia o Sol e a partir do desenvolvimento do Sol surgiram os demais planetas, os seres vivos e seus sexos opostos. A clara Luz é a mente na sua natureza básica (Dharmadhatu). Dharmadhatu é a base que está no centro do Sol que é o centro da Lua. A Respiração vem do coração assim como Praṇa vem do Sol. O que sai do coração (Anahata) é a Respiração (Praṇa), pois está escrito em João 1 que "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam". Quando nascemos (Garbha), assim que o coração ressoa (Dhvani), também pulsa (Spanda), produzindo “ressonâncias internas" chamada de Rāva (Grito). É quando o recém-nascido chora. O grito do choro é o primeiro sinal de vida que é a Luz do ouvido feita pela união (Ajna) do Sol (Céu) e da Lua (Água) dentro. Porque do Bindu (Vayu), surge o Nāda (Prana) que é o som dado ao pulso (Spanda) do nível supremo da fala (Verbo), que anima a Realidade Final (Brahman). O Som de Anāhata (Coração) é Nada (Som), que é latejante e palpitante. Nāda significa pulso universal da vida ou fluxo de consciência. O Nāda (Som) é a primeira expressão da consciência, também conhecido como Verbo (Shabda) que da desenvolvimento a energia (Vīrya) da Respiração (Prana), também conhecido como Brahman (Paramatman). Essa energia (Vīrya) da Respiração é originalmente um trabalho (Karma) do coração (Anahata) chamado Prakṛtibandha, ou seja. a mistura (Prapanca) do Espirito (Luz) como sendo escravo da Matéria (Som). Nessa analogia, o Mundo (Samsara) é como uma festa, um show, uma balada ou simplesmente uma ilusão (Maya) que nos escraviza (Bhutamandala). Pois Anahata (Nāda) e a Respiração (Prana) são mutuamente dependentes, já que a circulação da Luz (Espírito) deve estar unida a vibração (Dhvani) da Matéria (Som). Para compreender isso, a Luz do ouvido é, acima de tudo, necessária. Há uma Luz do olho e uma Luz do ouvido. A Luz do olho é um átomo (Paramanu) unido do Sol (Céu) e da Lua (Água) lá fora. A Luz do ouvido é um átomo (Paramanu) unido do Sol (Céu) e da Lua (Água) dentro. O centro é o núcleo e como num espelho, um reflete no outro. Tudo o que há no Céu, há na Terra. Assim, o centro da Terra também é o centro do Céu, representado pelo Sol. O Oxigênio é como um eixo (Constante universal dos gases perfeitos) que uni (R-O-R) os elementos no Espaço (Éter), como a Água (Tiamat) e sua fórmula química (H₂O), compreendendo, por tanto, a relação entre o Ar, a Luz e o Espírito. Pois do centro do Sol surge o Ar em forma de Luz e assim, como são idênticos a Terra, a Água e o Céu por conta da cor Azul, são também o Sol, o Fogo e o Ar por conta do som da Luz. A relação do som, denominado “Nada” com a luz, denominado “Prana”, está na orelha que o percebe por um ponto denominado “Vayu”, no Espaço denominado “Akasha”. De tal modo, o som sendo objeto do sentido da audição e propriedade do Éter (Espaço), revela a primeira experiência econômica que podemos ter em relação ao espírito precisamente por ele não ser matéria (Prakṛti), logo, não tendo corpo físico e por não ter corpo físico, se manifesta como Luz, ou Som ou Ar. O som da Luz e a cor do Azul são ilusórios (Mahamaya), pois há infinitas cores e assim infinitas luzes, como é a eternidade dos elementos e a infinidade do Espaço. Tudo está dentro de tudo e se você quiser ir até o fim do Espaço, para isso, você também poderá chegar ao mesmo fim se for para o centro da Terra (Fogo), onde está o Sol (Lua) que é o centro do Céu (Água) por conta tanto do som da Luz (Ar) quanto da cor do Azul (Terra). A Terra é um Fogo Azul chamado Vāḍava em forma de Ponto (Bindu), localizado no Centro da Lua e representa o Brilho do Sol, raiz de Praṇa. No meio dela está a semente do poder (Paramanu), na região do Tesouro da Luz (Brilho do Sol) onde está a Pedra Filosofal (Śilā), situada na Ilha da Lua (CandradvIpa), Assim, todo o universo consistindo do móvel (Éter) e do imóvel (Vāyu) é da natureza de Nāda (som) e Bindu (poder) respectivamente. A Ilha da Lua (CandradvIpa) é o mundo humano e o locus da criação (Prapanca). Por isso, começamos com Lilith que é Gaia (Terra), depois Samael que é o Céu (Ar), daí vem Adão que é o Sol (Fogo) e por fim, Eva que é a Lua (Água). O Corpo é a Matéria (Prakṛti) também conhecida como Pudgala e representa a Água que está na Terra (Gaia) por conta da cor do azul. A Consciência (Mente) é o Espírito (Paramatman) também conhecido como Purusha e representa o Ar (Céu) que está no Espaço (Akasha) por conta do som da Luz. Tudo começou com a Água, que é Tiamat. Mas a Água é o Céu e o Céu é Urano, filho da Terra que é Gaia, então aí já fica estranho afirmar que a Água é eterna por que o Céu é infinito mas a Terra não. Como a Terra gerou sozinha o Céu, então o Céu que é Água, é idêntico a Terra e a cor Azul justifica por conta da sua radiação difusa do céu. Entretanto, temos em ambos no centro o Sol que é o Fogo. O Fogo então dá origem ao Ar, já que a Terra dá origem a Água. Do Sol surge Prana, depois assumi Vayu, nome técnico do Ar que fica entre o Céu e a Terra. Mas o Céu e a Terra é uma coisa só devido a cor Azul. Sendo assim, não temos 4 elementos mas 3: o Fogo, que é o Ar, a Terra que é a Água, o Sol e o Céu que os representam. Então ficamos assim: Ar/Fogo, Água/Terra e o Céu/Sol, onde, no qual, somos um átomo de Ar preso num corpo de Água, assim como a Terra é um átomo gigante de Água preso na totalidade do Ar. Então não são mais 3, mas apenas 2 elementos: a Água (Terra) e o Ar (Céu). A partir da luminosidade do Sol, tudo surgiu. Essa luz significa Ar. O Ar é composto por infinitos átomos. Cada ser vivo tem dentro de sí um desses átomos que entrou nas águas da mãe. É como uma semente plantada na Terra que se transforma numa Arvore (Bhutamandala) que é o corpo (Prapanca). O Hidrogênio é o elemento químico mais leve e mais abundante no mundo (Samsara), mas não na Terra, devido ao seu peso leve, que permite que o gás simplesmente flutue no espaço, alimentando o sol, pois etimologicamente, hidrogênio significa hidro (água) + gène (dar à luz), por isso, dois átomos de hidrogênio estão ligados a um átomo de oxigênio para formar a Água. Ambas as coisas tornam nosso planeta habitável, mesmo com a destruição de Tiamat (como um princípio de Céu (Água) e Terra (Fogo) vivendo juntos em perfeita harmonia) análogo a destruição do casamento sagrado (união de opostos), ou seja, a destruição das almas gêmeas devido ao Pecado Original (Queda do Homem), separando, assim, a consciência do Christos (Homem/Fogo/Céu/Samael/Ar) de Sophia (Mulher/Terra/Gaia/Lilith/Água), pois a luz do Fogo que vem do centro do Céu onde está o Sol impede que a Água saia da Terra e assim a Terra não sai do seu eixo e não alcança o Sol para namorar e atingir a Realidade Final (Brahman) chamada Hieros Gamos (Paramatman). O hidrogênio não apenas permite que o Sol aqueça a Terra e ajudar a criar a Água que sustente a vida, mas o mais simples de todos os elementos, também é fonte de energia (Vīrya) que sustenta a Matéria (Prakṛti) e por ser um elementos químicos mais leve que o Ar (Vayu), faz as coisas flutuarem e, por isso, é usado como energia para aeronaves (Vimana). Não existe outro elemento tão farto no universo quanto o hidrogênio, uma substância incolor e inodora com alto poder de combustão. Ele também é um dos elementos químicos mais antigos do mundo, pois foi formado segundos após o Big Bang. Até hoje o hidrogênio é encontrado em abundância no espaço sideral, em estado extremamente rarefeito. Em média, existe no espaço um átomo de hidrogênio por centímetro cúbico. Embora seja o elemento químico que existe em maior quantidade no mundo (Samsara), o hidrogênio não é nem de longe a substância mais abundante na Terra: esse título cabe ao oxigênio, o que encerra, por fim, no fato do Espirito (Purusha) ser um átomo (Paramanu) de hidrogênio (Vayu) pois o hidrogênio é o elemento químico mais leve do universo e é capaz de ligar-se com outros átomos de hidrogênio, podendo formar gases como o Éter ou líquidos como a Água. O Hidrogênio é o elemento químico de menor massa atômica (1 u) e menor número atômico (Z=1) entre todos os elementos conhecidos até hoje. O Hieros Gamos é a vestimenta nupcial (Pranamaya Kosha) que não sente fome, então não sofre porque é Espírito (Purusha) e refere-se ao Ressuscitado Christos (Homem/Fogo/Céu/Samael/Ar) e sua consorte Sophia (Mulher/Terra/Gaia/Lilith/Água), como a personificação da união hiero-gâmica interna entre o ser humano e o divino, chamado de Vajrasattva (Yab-yum). Na Teoria do Éter, há a existência de um quinto elemento (Dhatu) diferente de Ar, Fogo, Água e Terra. Essa teoria propõe que as ondas eletromagnéticas propagam-se em um lugar (Akasha), assumido como éter luminífero, pois considera-se inaceitável das ondas não terem um meio de propagação. Para isso existe o Espaço (Etér) que dá lugar aos elementos (Pancabhuta) e os elementos ocupam todo o lugar no Espaço. O Éter (Akasha) é todo composto que apresenta em sua estrutura molecular um átomo de oxigênio ligado a dois radicais orgânicos, sendo possível, através disso, se formar através de Akasha (Som) a Água (H₂O). Ou seja, Espaço (Akasha) e som (Nada) são idênticos e quando um corpo vive (Prapanca), respira e ao respirar, sente sede e então bebe Água, mantendo assim a viva por meio da Respiração (Prana) que faz um som (Nada) até o estado em que Vāyu (Bindu) e Prāṇa (Som) se misturam (João 3.5), tornando-se um Paramatman (Hieros Gamos) que é a plena ressurreição do corpo (Prakṛti) para a luz (Purusha) eterna de Christos (Sol), na Consciência Crística Cósmica (Céu). No retorno dos corpos ao equilíbrio energético (Shivashakti), neutro no Campo da Unidade (Akasha-Tattva) ou Ponto Zero (Dharmadhatu) de Paramatman (Siddhakṣetra), o ser do corpo de luz (Prabhasvara) é Uno com Deus em seu veículo (Vimana) de consciência (Purusha).