No princípio, antes de Caim matar Abel, Deus tinha uma questão matemática irresolúvel. Era uma equação impossível, pois precisava de um razão para criar a Morte e a morte não tinha razão. Então Deus começou a falar infimamente com a Morte até que a Morte desistiu de ouvir e sua razão decidiu confessar, afirmando também não saber, mas como pagamento pela sua ignorância, permitiu que ele fosse o primeiro a fazer sua razão existir e independente da qual, com a promessa de torna-lo o único imortal. Deus, dentro da sua realidade, eternamente se calou com o propósito de, no silêncio da Mente, cativa da Alma, pedir ajuda ao Tempo. O Tempo respondeu que não poderia parar para ajudar porque, sendo eternamente escravo de si mesmo, seu trabalho era infinito. Deus, dentro da sua justiça, também voltou infinitamente a falar infinitamente com o tempo exigindo sua razão. O Tempo pediu perdão e fez outro pedido em troca, que se ele voltasse a permanecer quieto eternamente, o ajudaria. Deus concordou com a proposta e o Tempo procurou a Liberdade para falar com a Morte. O Tempo, então, soube de sua ignorância, mas a Liberdade ofereceu ao Tempo uma oportunidade de se casar com a Morte em troca da liberdade de si mesmo e com isso. junto a Morte, um ignorante também se tornou. A Morte e o Tempo se casaram, até que a Morte gentilmente perguntou ao Tempo sobre a questão irresolúvel de Deus. O Tempo respondeu que Deus estava parado no Espaço eternamente quieto e isso era bom. A Morte não achou justo e lhe ofereceu a imortalidade também se voltasse Deus no tempo para falar com ela, mas o Tempo questionou sua razão, já que ela era ignorante e não sabia. A Morte viu o Tempo questionar e percebeu que sua visão era sua Realidade. Então, se divorciou do Tempo e se casou com o a Alma para, no silêncio da Mente, a sua razão encontrar. A Alma admitiu que só poderia se casar se Deus permitisse casamentos homossexuais, mas o Tempo tinha parado Deus no Espaço eternamente em silêncio. Divorciada do Tempo, a Morte procurou o Silêncio pedindo que a Deus perdoasse, em troca da imortalidade, permitindo ele voltar a falar. Mas o Silêncio questionou sua razão, já que ela era ignorante e não sabia. Por conta da ignorância, a Morte pediu perdão ao Silêncio, mas o Silêncio garantiu que, por estar em silêncio, já era imortal. A Morte ficou triste por se ver iludida tentando ajudar a Deus e para isso, sempre oferecendo a imortalidade que sem razão para a morte, também não tinha razão, então, viu que a Realidade do Silêncio estava na Mente dentro da Alma, imortal por ficar em silêncio, mas que a Realidade tanto de Deus quanto do Tempo, do Silêncio e da Mente só tinham lugar no Espaço. O Espaço era o seu poder e por só ter ele, fez como Deus que eternamente dentro dele ficou. Em silêncio, a Morte e Deus se casaram, mas o Silêncio, dentro da sua justiça, afirmou que a Realidade do casamento só poderia existir se todas as questões anteriores fossem respondidas. Em silêncio, Deus, justo como era, confessou não ter uma razão para criar a morte e a Morte confessou não ter razão de existir. O Silêncio ficou feliz com as respostas, mas julgou que, devido as ignorâncias, o único casamente que poderia existir era o da Morte com a Alma. Deus, em sua realidade, não pode julgar e o Silêncio, não pode se opor. O Espaço ficou feliz, mas exigiu que só aceitaria o casamento se pelo manos a equação impossível fosse resolvida. A Mente então prometeu para o Espaço que se a Morte confessasse a razão da Realidade do Silêncio estar dentro dela, resolveria a equação impossível dando uma resposta para a questão matemática irresolúvel. O Silêncio teve misericórdia da percepção da Morte de que a Realidade do Silêncio estava na Mente, dentro da Alma imortal por ficar calada, mas que a Realidade tanto de Deus quando do Tempo, do Silêncio e da Mente só tinham lugar no Espaço. Então o Silêncio pediu perdão a Morte, mas disse que só permitiria seu casamento com a Alma se o Espaço dissesse qual a razão do silêncio da Mente. O Espaço confessou que a Mente é casada com a Liberdade e por isso era imortal, pois a Liberdade, em algum lugar do futuro, conseguiu de Deus a oportunidade de se tonar eternamente escrava de si mesma e a Mente soube que Deus, em algum lugar do passado, permitiu casamento homossexual, então imortal se tornaram porque em silêncio ficaram. A Alma, com a Morte, então se casou e juntas, foram procurar o Tempo para se unir. Calados, os três se uniram. Juntos, em silêncio, para Deus se voltaram. Dentro da Mente, a Alma, o Tempo, a Morte e Deus se amaram. Então, em silêncio Eros surgiu e ali pediu também para ficar. Quando sua entrada foi permitida, o Silêncio e a Liberdade a mesma suplica fizeram e a mesma oportunidade, em silêncio, a todos foram dada. Na companhia uns dos outros, a Realidade se tornou um Paraíso dentro do Espaço que tinha poder no Silêncio e por isso, no silêncio, Deus se fez. Em silêncio, a Mente deu uma ideia a respeito da questão irresolúvel, mas ela precisa ser livre de si mesma. Quieto, Deus parou novamente ao lado do Tempo para descansar e ver uma razão para Mente ser livre da mente. A visão que Deus teve passou a ser sua Realidade Final e assim, do Paraíso foi expulso, já que a Realidade do Paraíso era a própria Realidade que não poderia ter um fim com a Mente livre da mente, porém, Deus em sua justiça, viu que estava iludido com a Morte por conta da questão irresolúvel, ou seja, ele precisava dar roupas a Adão e Eva no Jardim do Éden que, na realidade, era o Paraíso. Mas como foi expulso por se ver em sua própria Realidade fora da Mente, não poderia lá mais entrar. Então Deus procurou a Ilusão para pedir ajuda, mas a ilusão não o atendeu, pois Deus, por ser imortal, não poderia falar e sua realidade fora do Paraíso, estava também fora do silêncio da Mente, dentro da Alma. Deus acreditou que seu único poder era o Silêncio e quieto, se deitou na Terra para descansar. Sem a Mente, sem Alma e sem a Morte, teve uma outra visão de que estava errado e o erro era sua ignorância, pois o silêncio estava numa outra Realidade que era o Paraiso e Deus por ter sido expulso dele, tinha não o Silêncio, mas a Visão como poder. Então perguntou a Ilusão qual a razão dele estar iludido com Morte. A Ilusão respondeu que só resolveria a questão para ele se a aceitasse em casamento. Deus, com a Ilusão, então se casou. Depois, a Ilusão o levou a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, o seu esplendor e disse-lhe: "Tudo isto te darei depois que responder a questão irresolúvel, você aceita?” Deus então se viu em outra realidade, iludido pela Ilusão, pois, matematicamente, Deus se viu no princípio apenas com uma questão irresolúvel, mas casado com a Ilusão, ele tinha mais duas outras. Se respondesse sim, ele quem teria que resolver a questão irresolúvel, mas se dissesse não, ela quem teria que responder e por fim, se ele ficasse calado, voltaria a ficar eternamente em silêncio e em silêncio, mudaria sua Realidade voltando para o Paraíso onde o Silêncio está. Em matemática, trata-se do jogo do prisioneiro e sem a Mente, calcular a melhor escolha seria dizer não. Disse a Ilusão então que responderia a questão irresolúvel, em troca do divórcio. A ilusão, de Deus, então se separou. Em seguida, a Ilusão confessou a Deus que não sabia e pediu perdão pela ignorância, mas que poderia ficar em silêncio para ajudá-lo a falar com a Morte dentro do Paraiso. Assim, em silêncio, entraram. Chegando lá, o Silêncio lhe disse que só poderiam entrar se aceitasse se casar, então Deus viu a Ilusão em outra realidade. Deus viu que a Ilusão estava sofrendo e nele aquilo também doeu. A Dor foi tão profunda que Deus se viu em outra Realidade sozinho com a Dor e como só tinha ela, implorou para parar de doer. A Dor teve misericórdia, mas em troca, pediu para entrar no Paraiso. Deus respondeu que só é possível entrar no Paraiso em silêncio devido o seu poder. A Dor e Deus entraram, mas o Silêncio exigiu, entre os dois, o casamento. Deus recusou se casar com a Dor e acabou saindo do Paraiso junto com ela. Do lado de fora, a Dor o prosseguiu e Deus teve outra visão que se ele ficasse em silêncio, se livraria da Dor voltando para o Paraiso, então calado sofreu. No silêncio da Dor, Deus viu a Ilusão e o Silêncio teve misericórdia, deixando os três entrarem. Em silêncio, todos se uniram na Mente, dentro da Alma. A Alma, casada com a Morte, perguntou a Deus por que teria que dar roupas a Adão e Ava. Deus admitiu se chamar Samael, pai de Adão e bisavô de Eva que, quanto a Adão, tento ela como filha de Lilith, bisneta de Deus também era, porém, nem ele e nem ela sabiam. Samael reconheceu ser desnecessário criar, dentro do Jardim do Éden, conceitos sobre família como pai, mãe, filhos e filhas, mas quando Adão e Eva comeram do Fruto do Conhecimento do Bem e do Mal, adquiriram sabedoria, o que lhes causaram uma visão tão triste que deu origem ao frio e de tanto frio que eles sentiam, Deus viu necessário criar roupas para esquenta-los, mas, além disso, Deus admitiu que soube criar tudo, menos o fio de costura, quando de repente, o Destino apareceu pedindo para entrar no Éden também. O Silêncio exigiu que o Destino só entraria se respondesse a questão irresolúvel, assim, o Destino respondeu que como Deus não soube costurar, por não ter criado o fio, precisou sacrificar um Cordeiro para usar a pele como roupas. O Destino continua lembrando que Deus começou procurando a Morte para dar uma razão dela existir. A Morte ignorantemente disse que não sabia. Deus teve uma visão de que seu erro era a ignorância de não saber que seu poder não era o Silêncio mas a Visão. Então Deus teve infinitas visões para encontrar uma que desse razão para criar a Morte. Ele parou no Tempo eternamente em Silêncio decidido a criar a Morte se alguém tentasse o matar. Deus então, quieto se deitou na Terra e para matar, esperou uma razão. Ele tinha tudo, o que incluía a Dor, a Morte, a Alma, o Tempo, a Visão, a Mente, o Poder, o Amor, a Liberdade, a Ilusão, o Destino, a Realidade e o Espaço, mas faltava o sacrifício. A Liberdade, por ser livre, confessou estar com Deus em todos os lugares, dentro e fora, em todos os tempos, compartilhando, com ele, as mesmas visões. Mas a Liberdade, gentilmente, disse que só resolveria a questão se Deus desse liberdade a própria Liberdade de libertar a Dor da dor, a Morte da morte, a Alma da alma, o Tempo do tempo, a Visão da visão, a Mente da mente, o Poder do poder, o Amor do amor, a Ilusão da Ilusão, o Destino do destino e o Espaço do espaço, mas menos a Liberdade dela mesma. Deus ficou feliz e o pedido concedeu, já a questão, a Liberdade resolveu com o tempo que estava livre e assim, meditou no passado mais antigo ao futuro mais distante e no tempo viajou complementarmente. Viu Deus em silêncio meditar numa razão para matar. Deus ficou eternamente meditando até morrer de fome, mas Deus como era imortal por conta do poder do Silêncio, não morreu, mas dormiu. A Liberdade, ao ver Deus dormir com fome, lhe concedeu infinitos sonhos bons, já que, por conta da fome, nunca mais conseguiria acordar. Em um dos sonhos, Deus pede para Liberdade lhe dar a lembrança da razão que lhe fez criar a morte. A Liberdade respondeu que sim, contanto que aceitasse acordar de todos os seus sonhos para beber água. Deus aceitou e ao acordar, um Cordeiro lambia sua boca. Deus agarrou o Cordeiro e foi beber água como prometido, então, se lembrou que precisava de uma razão para matar um animal como sacrifício e aquele cordeiro era a própria razão, então o matou, pois Deus lembrou que num sonho a Liberdade lhe deu e também lhe disse que ao beber água se lembraria do sonho. Se lembrando do sonho, se lembraria que a Liberdade era a única capaz de lembra-lo que quando você dorme você morre, quando você acorda você vive e a vida e a morte é como um sono, se alguém te mata, pode estar te fazendo dormir ou te fazendo acordar, dando liberdade a Deus de matar o Cordeiro que tinha o acordado. Essa era a razão de Deus. O Senhor, com gentileza, na Terra se deitou e quieto, ao lado do Tempo, descansou na esperança de encontrar uma razão para matar que só poderia ser a de ser acordado por um animal, pois precisava de um para usar a pele e fazer roupas, já que teria confessado não saber costurar. Assim, a Morte passou a existir, tornando Deus imortal como prometido por ela, Caim, filho do Pecado Original entre Adão e Eva, sabia dessa história e achava injusta, que acordar alguém não era matar alguém, por isso não comia carne, mas ao ver seu irmão comendo, num churrasco com o próprio Pai que era ele mesmo e ainda revoltado com o Cordeiro Imolado. também o matou para come-lo e para se livrar do erro, ao perceber sua ignorância, entre dormir e acordar, viver ou morrer, fez como Samael, ficando eternamente em silêncio para de fome dormir, encontrando a razão de viver. No Mundo da Memória, a Morte não veio a existir por conta da ignorância de saber ou não costurar, mas por conta da Liberdade da Mente do Cordeiro. O Cordeiro se viu livre mentalmente para acordar Deus e Deus se viu livre mentalmente para matar um animal que o acordasse. O erro de Caim foi achar que matando seu filho, porém irmão, se vingaria do Cordeiro Imolado pelo seu Avô. Abel, que também conhecia a história, só comia carne de animais que o acordava. A carne no estômago de Abel refletia a justiça de Deus e Caim, a injustiça. Por isso temos um mundo cheio de açougues, pois a carne ao ser digerida, nos faz ter sabedoria e visão para um dia não precisar mais matar, só que a equação ainda não está perfeita porque a carne ainda está muito cara 🤣
Da flor ao Chorume retrata meu lado literário e retrógrado pela confusa intenção de se autojustificar, traduzindo e condensando minhas opiniões filosóficas e comportamentais a fortes palavras de fúria e de alucinação. Deve ser triste demais precisar e não ter ninguém com quem contar. Entre o passado e o futuro há o presente. Entre o chorume e a flor, uma esperança.
23 de novembro de 2022
A Samsara de Mnemosine
A SAMSARA DE MNEMOSINE