[...] "ou seja, está na minha cara que tudo isso é uma forma de vingança mal planejada feita às pressas pegando o primeiro que estivesse disponível. Ah mas se existe algo que não sinto é preguiça de procurar em mim dignidade (orgulho). Também sei mudar os ventos, embora isso tenha sempre me custado mais caro do que se eu tivesse deixado ele passar. Mas é também um exercício; uma terapia; uma maneira deu esquecer o que passou, sei lá, (esse papo de que a fila anda), o 'velho novo fracasso', tentando começar algo tão original quanto que mascare a vergonha de não ter sabido conduzir com simpatia e afeto o relacionamento anterior... mas não quero carregar este fardo e nem ficar com este aspecto horrível de derrota. Ai meu Deus eu não quero mesmo! Já desisti. Já me reanimei. Desde menina estou nesta vida. A culpada sou eu; a culpa é de um; a culpa é de outro. Eu sou a maluca. Não. Ele é o canalha. Então me perdoe por favor... E fico pensando assim: já que ninguém morre de amor, vou é entregar-me de qualquer forma a qualquer coisa porque a única atitude que me resta é tentar... é, não posso! O jeito é me permitir! Meu tic tac biológico já não sai da minha cabeça, não sai da minha barriga, não sai de mim. Droga, eu quero ser feliz! Entregar-me à sorte, ou com sorte, me entregar..., porque não sei o que fazer nem o que falar. Eu só quero adaptar-me ao melhor e mais rápido modo de apagar da minha memória todas as coisas que eu quero (para sempre) me lembrar. Fazer o que? Sei muito bem que fazemos ou por obrigação ou por pretensão. Vou continuar assim, achando que o que eu acho é o que é certo, e mesmo que eu esteja errada pelo menos eu apenas achei: nunca impus certezas. Aliás, não as tive, nem sei se as quero. Nunca tive certeza de nada... Também nunca achei estar errada, pelo menos no primeiro momento, para depois dele novamente fazer o que acho que devo; o que acho que mereço: que é tentar... Tentar simplesmente ser amada. Não amada como acho que sou (meu maior erro) mas como realmente sou; como realmente mereço. Independente das minhas inúmeras cabeçadas das tantas coisas estupidas que já fiz? Me perguntei... o que encontrei como resposta e que aprendi a fazer de melhor é chorar* Quer dizer, já nem lembro da última vez que meus olhos ainda produziam lágrimas para se hidratarem. Há muito tempo choro em silêncio, choro com a alma, por conta de tudo isso que nada sei. Nem de entender nem de explicar. Apenas que, — se mesmo eu estando errada; mesmo enganada ou me enganando — é melhor TENTAR do que continuar chorando. E quando conseguir o que não sei; quando finalmente encontrar o sei lá o quê, vou contar para todo mundo que meu sucesso é um pedaço de toda essa minha loucura por amor a mim mesma”.