19 de agosto de 2014

Não entendo de administração mas entendo de gente pobre.

      Caro estudante de Administração de Empresas, não caia na conversa acomodada de professores universitários. Se fossem tão bons assim não seriam professores e sim donos de grandes negócios. Porque repara só na situação: ontem um professor criticou a postura tomada pelos vendedores da loja Centauro do Shopping Metrô Tatuapé. Ele reclama que não precisa nem entrar na loja, basta passar em frente para ser abordado. Veja outra situação semelhante: domingo estava comendo no restaurante Ragazzo do Shopping Metrô Boulevard Tatuapé e um sujeito aparentemente executivo resmungava que seria melhor quando não tinham implantando as campainhas e que era muito mais cômodo e conveniente do modo tradicional, sou seja, chamar o garçom com a voz ou fazendo gestos. Concordo plenamente! Ninguém merece querer comprar um tênis em especifico e o vendedor saber que não dispõem do modelo e mesmo assim insistir oferecendo outro. Ninguém merece entrar num restaurante para comer e ser obrigado a ouvir o som repetitivo da campainha. Mas sob o ponto de vista acadêmico pedagógico e também sob a ótica das estratégias de marketing e vendas a questão é que o cara que é dono da Centauro é dono da maior rede de produtos esportivos da América Latina e o dono do Ragazzo é dono da maior rede de Fast-Food Italiana do mundo. Então para e pensa. Um estudante que vê um professor universitário reclamando das estratégias de personalidades empreendedoras como estas vai achar que ele tem o que na cabeça? Se um empresário, dono de negócios tão rendáveis como rede Fast-Food e rede de produtos esportivos, toma estas atitudes ridículas, como instalar campainhas nas mesas ou orientar os seus vendedores com base em estratégias agressivas de vendas, é por que tem um motivo. Tem que ter um motivo! Um cara desses não ia fazer isso à toa. A questão então é porquê? Por que planejar ou autorizar ações tão fúteis assim? Esses procedimentos conseguem aumentar lucros e reduz custos? De fato, seria possível acelera processos e facilitas operações? Se é tão ruim assim por que essas inovações ainda não fracassaram e, diferente disso, têm mostrado resultados positivos em suas demonstrações contábeis? Embora muito professor com mestrado e doutorado entre na sala de aula sem condição de explanar, a resposta é simples! A estratégia é focada no público-alvo. Ou seja, tudo depende de quem você é e onde você vai. Tanto o executivo quando o professor são dois pobretões. Vão a lugares onde pobre vai e pobre adora ser bem tratado. Pobre acha chique apertar botãozinho na mesa. Pobre acha gentil ser importunado em escolher um calçado. Pobre, nesses lugares, se sentem importantes. SRSRsrsrsrsr