14 de outubro de 2014

Trabalho. Amor. Vida. Tranquila.

            Todos os dias vejo pessoas lamentarem por uma vida mais digna. Concordo que nesse país dignidade é uma coisa difícil de se ver devido a prevalência da desigualdade social e da escassez de respeito mútuo entre as pessoas, observado com maior oferta em países mais desenvolvidos. Toda a forma, as pessoas almejam por uma paz de espirito aparentemente inalcançável e essa aspiração parece amenizar a sensação de que sempre estamos errados. Nós sentimos mais puros simplesmente por admirá-la e isso faz-nos acomodar em uma consciência de que essa paz depende de tudo o que é externo e alheio a nossa vontade. SUPER ERRADO! Uma coisa é necessária salientar. Tranquilidade não é um desejo simples. Por mais estranho que pareça não é nada tranquilo ser tranquilo e menos ainda tranquilo ser em encontrar tranquilidade. Uma vida justa ou digna é bem diferente de uma vida tranquila, que não se pode comparar a um desejo que se espera com uma oração, onde por ventura um dia, ao aguarda, cairá do céu. Tranquilidade tem um preço. Basicamente as pessoas desejam um trabalho tranquilo, um amor tranquilo e uma vida tranquila. Vou começa pelo trabalho. Um trabalho tranquilo é um trabalho em se ganhe muito e trabalhe pouco. Esse tipo de emprego praticamente não existe exceto por dois fatores: sorte, em por exemplo nascer dentro de condições favoráveis de empregabilidade pela família ou pela beleza ou por talento, em saber fazer algo que poucos fazem e que ao mercado interessa. Claro que com certo esforço educacional é possível adquirir habilidades exclusivas, mas repare na palavra "esforço". Esse é o preço. A dedicação em procurar se destacar, uma vez que trabalho tranquilo todos querem, é logo uma busca competitiva. Depois vem o amor tranquilo, que deveria escrever um texto só para tratar dele. Um tipo de amor fruto dos sonhos de qualquer pessoa, seja ela ou ele quem for. Aquele amor com respeito, sem guerra, sem indiferenças e naturalmente correspondido. Que também tem seu preço e quase ninguém percebe. Acham que um dia Deus proverá ou, quem sabe, também cairá do céu. Esse tipo amor é tão difícil quanto o emprego, e pior, não se pode exigir recompensa. Não recebemos ou ganhamos um amor tranquilo, mas fazemos e mantemos esse amor por uma parte que é a nossa vontade. Um amor tranquilo necessita de uma virtude que as vezes levamos a vida inteira para desenvolvê-la em nossas emoções. Criatividade! Esse é o preço pela tranquilidade de um amor. Ver no outro qualidade e por isso se motivar a ouvir, ouvir sem censurar, sem interromper, ouvir até o fim. Dar tempo ao outro é a maior gentileza que existe. Sentir-se siderado. Sentir que alguém guarda a tua vida. Que faz os recortes dela. Que vai te aguentar, bem como você, até o último estagio da loucura e no dia seguinte não vai dizer o quanto estava louca(o). Não ira dizer absolutamente nada. Vai desaparecer secretamente em ti. A tranquilidade de um amor começa pelo exemplo e dedicação da nossa própria, mais aquela marota criatividade, de encarar as crises com humor. A tranquilidade de um amor está, acima de todas as coisas, na disposição de se desfazer dos preconceitos e das exigências. Igualmente, à vontade por uma vida tranquila. Dedicação e criatividade são os preços, validos pera a busca de qualquer felicidade. No emprego, no amor, na família e nos amigos. Quem se esforça sem um mínimo de esperança e improvisa sem um mínimo de receio tem seu espirito em paz. Quem tem uma mente aberta, por fim, tem uma vida tranquila, pois a saúde dessa vida está na capacidade de girar os pontos de vista. Quanto mais você defende sua opinião, mais você adoece, mais você sofre. Será que vale apena? Se você age assim, nem tudo está perdido. Basta se contentar com o trabalho, o amor e a vida que merece. Um beijo e um abraço!