Sinceramente, não me interessa se o adolescente ira ser acolhido por facções após ser mantido recluso em penitenciárias. Nunca foram e nunca serão os jovens origem do sucesso de organizações criminosas. Não me interessa se o adolescente já é punido a partir dos 12 pelo estatuto da infância e juventude. Esse discurso só vejo sair da boca de burguês que nunca morou e nem estudou na quebrada, desconhece o que a molecada fala e pensa. Não me interessa ressocializar dentro de instituições ou presídios tanto adolescentes quanto vagabundo adulto. Ressocialização pra mim deveria ser trabalho, se possível, escravo! Não me interessa como os outros países encaram a questão, nem as estatísticas de quantos adotam a sistemática penal. O maior tribunal do mundo está aqui, então nada mais coerente do que pensamos em especifico, termos nossa nossa personalidade, medidas e procedimentos, não das nações unidas.
Sinceramente, o que me interessa é saber quando será preso ou morto, de forma legal, o parlamentar que negocia entrada de armamentos pelas fronteiras. O que me interessa é saber quando será pego o parlamentar que negocia o tráfico de drogas, propina, suborno. O que me interessa é saber quando será investigado por uma justiça eficaz as razões da educação no Brasil ser tão desprezada, mascarada e subestimada. O que me interessa é saber quando intelectuais de comissões de ética farão algo além de ética. O que me interessa é saber quando o dinheiro público será integralmente usado ao bem da coletividade. Não sou a favor da maioridade penal não pelos motivos que a ignorância brasileira indica, nada disso me interessa. O que me interessa é ter a consciência de que não importará à redução da violência se o infrator já for detido aos 16 ou 17, porque a origem real da violência não começa no triste coração do adolescente, mas sim na astuta cabeça do político.