O momento chegará. Quando for, coisas mudarão drasticamente. Falo sobre os polos dos significados. As faces do que realmente importa. Porque não são as conquistas, mas os sonhos; não adianta vencer tendo pesadelos. Porque não era a beleza, mas o conteúdo; não adiantava ser bonita vestindo roupas. Porque não era o tempo, mas as prioridades; não adiantava ter pressa se já era predestinado. Ninguém era estranho, eram apenas diferentes. Porque nunca foram as aparências o retrato da realidade. A realidade na verdade nunca deixou de ser também uma enorme aparência. Cabe tudo dentro daquilo que pensamos, menos a verdade que é sem tamanho para caber em tudo. Ela é única e imperceptível em sua essência. Só você sabe o que sabe. Só você sente o que sente. Só você vive o que vive e só você poderá expressar o que pensa. Porque não foram suas ações que lhe trouxeram até aqui. Inúmeros obstáculos, desvios, becos e vielas entortou a postura, corrompeu o caráter, que compôs teu caminho tortuoso ou sua jornada gloriosa para aonde agora está. Só você sabe o momento de chegar, de sair, de parar. Só você sabe o quanto sua vida rendeu e até a onde continuará. A morte é uma escolha. A escolha, uma verdade. Não serve para nada. Não importa, porque não são obrigações, são opções. Porque não são mentiras, são preocupações. Porque não são covardias, são traumas. Por que não são premonições, são experiências. Porque não é amor, é saudade, é costume, é paixão. Porque não será morte, mas renascimento. Porque não será loucura, mas compreensão. Porque não será progresso, será desgaste. Porque não será tristeza, nem dúvida, mas esperança e temor. Complicado, porque não é sentir prazer, não é ser insano, não é cometer suicídio, mas tão somente querer exisir. Quem vive querendo existir não boia, mas afunda no caos.