Vou falar sobre amor nessa porra! Tanta coisa para falar sobre esse negócio mas hoje em especial me dedicarei a duas particularidades que não consigo até o momento traças nenhum parâmetro ou dar uma boa explicação quantos aos porquês dessas particularidades. Mas a começar pelas questões interessantes que irei tratar: as malditas recaídas e a lógica das pessoas com capacidade de regular sua paixão. Incrível como pode um indivíduo ter dinâmica emocional suficiente em dizer a si mesmo que não quer se apaixonar e literalmente não o sentir. Poxa, é muito complicado você conseguir não se apaixonar, mas agora ser complicado se apaixonar porque você internamente impôs isso eu particularmente não conseguiria dar fundamento a essa postura emocional baseando-se em mim mesmo. Nunca controlei sentimentos, até porque quando eles surgem, eles simplesmente surgem, indomáveis e inconscientes. Mano, eu perco o folego e o juízo. Mas o cara ou a mina tem que ser muito Freud para se destacar nesse domínio que não acredito ser possível (já explico o porquê). Só que depende, pois existem algumas diferenças entres gêneros. Mulher é monogâmica e materna. Homem é poligâmico e canalha reprodutor. Homem consegue regular sua paixão conforme se dispuser de opções. Já a mulher como normalmente até o atual momento não age assim, ela não regula por esses parâmetros, mas sim por receio a experiências frustrantes do passado. De modo geral, o que realmente concede a um sujeito potência a não se apaixonar é não ver interesses. Um exemplo bem chulo é uma roupa que você visualiza na loja e se encanta até comprar, usa e depois sem explicação se desinteressa. Na verdade existe uma explicação, que pode ser sua saída de moda, aspecto visual, ou ser um pouco fora da sua medida ou a cor e modelo ficarem bonitos apenas em manequins. No amor o esquema é o mesmo e a questão de regular é também semelhante a muitas vezes você embora não goste da roupa tenha dó de jogá-la fora, pois você desconfia que um dia pode ver sendo muito bem aceita, usada e comentada por outros. Você receia se arrepender e depois não encontra outra igual. Ai entra o aspecto da recaída que eu deveria escreve outro texto sobre, já que esse assunto é muito mais que isso, sqn porque preciso trabalhar. Então falando da recaída em relação a regulação e controle da paixão, volto ao exemplo da roupa. Lembrando que recaída é algo que acontece somente com o imbecil que quis terminar sem um motivo expresso. Porque recaída é arrependimento e só se arrepende quem termina, óbvio, ok. Enfim, muitas vezes, você cria uma espécie de ódio pela aquela roupa simplesmente por que no dia ela demorou a passar pela sua cabeça ou não quis fecha adequadamente o zíper. Você, motivado pela revolta daquilo ser o que você deseja usar mas em si não te colaborar, se rebela em irá e impulsivamente se desfaz, rasgando ou jogando no lixo. Claro, não demora muito para você se arrepender, até porque no momento era bem provável que estava atrasado(a) ou nervoso com presa, e como esse momento estressante é passageiro, logo você se arrepende. Conheço pessoas que já foram no lixo procurar a peça. Ou imploraram ao irmão que devolvesse. Bate um remorso, uma ausência, principalmente quando você por algum motivo começa a enxergar várias possibilidades, nas misturas de cores, de sapatos, no corpo de outro, na tv, no livro, no romance, no alheio casal, no seu futuro como seria. Você enxerga o que infelizmente não enxergava. Em suma, não existe controle nem regulagem da paixão. É humanamente impossível fazer isso. O que a pessoa tem não é dinâmica emocional mas sim falta de interesse e recaída é enxergar interesses antes não vistos. Super bacana o exemplo da roupa! Qualquer dia falo mais sobre a recaída. Um abraço para quem leu.
Da flor ao Chorume retrata meu lado literário e retrógrado pela confusa intenção de se autojustificar, traduzindo e condensando minhas opiniões filosóficas e comportamentais a fortes palavras de fúria e de alucinação. Deve ser triste demais precisar e não ter ninguém com quem contar. Entre o passado e o futuro há o presente. Entre o chorume e a flor, uma esperança.
29 de setembro de 2014
26 de setembro de 2014
Paixão ou Paranoia?
Boa pergunta. Principalmente quando fazemos o ridículo pela paixão, o que seria normal diante de um sentimento tão descontrolado que é esse amor, amor de amor-paixão. Que fique claro que tudo é amor. Assim como amamos quando temos dó, ou quando somos generosos, ou, por sinal, quando estamos apaixonados. A questão é definir se o que fazemos por amor é certo e relevante diante dos três: quem está a volta, por quem está apaixonado e, claro, a você. Nem tudo que é por amor é certo e nem tudo que é certo é relevante. Como os maiores problemas do amor é a desconfiança, uma ação ou uma solução que não seja certa nem relevante aos três, é paranoia! Rindo! Porque acho muito engraçado falar de 'paixão' e 'paranoia' pois tanto uma quanto a outra não deixam de ser doenças. Uma categorizada pela ciência e a outra pelo censo comum etimológico. Quando você se desespera de paixão por alguém é fato que você se desespera de desconfiança. Você nunca sabe, e se sentiria ótimos se de alguma forma soubesse. Pode ser inúmeras coisas como se a fidelidade é mutua; se o amor é reciproco; se o que hoje se fala amanhã se fará. Se tudo é verdade! São genuínas desconfianças que todos nós temos. O que defini se é paranoia ou não é se a desconfiança é certa e relevante, independentemente de ser por amor. Mas sinceramente, só por estar apaixonado se fica paranoico, pois fazemos tudo errado e pior, de forma irrelevante. Fazemos loucuras que com o tempo nem mesmo nós acreditamos que fizemos. É triste dizer mas só quem se apaixona sabe como é que funciona. Você começa a enxergar várias possibilidades e cria esperanças que você não quer se desprender. Como se você plantasse em sua casa um pé de maconha e depois fumasse. Está tudo em sua cabeça. A vontade de fuma, a vontade de plantar e com o tempo tudo ficar além da vontade para transformar-se em necessidade. É necessário fumar, é necessário plantar. É necessário amar, é necessário ser amado. Se por acaso isso não acontecer, para você é desespero e sofrimento e para outro é paranoia e exagero. Resumindo, para você, de momento, será sempre uma paixão, sempre será um amor, nunca uma loucura ou uma paranoia. Para o outro, de momento, será sempre uma loucura, uma paranoia, nunca uma paixão menos ainda um amor. Mas olha... cuidado, porque um dia você poderá achar que o outro está louco ou paranoico sendo que na verdade está simplesmente apaixonado e desesperado por esse amor. E ao final, depois desse momento passar, tanto você quanto o outro iram se questionar se na realidade não era tudo o contrário.
25 de setembro de 2014
Por que eu ainda não pensei algo assim?
De Frederico Mattos...
"Você já ouviu alguém lhe confessar? “Eu gosto de fulano, mas ele não gosta mim, e aquele outro que gosta de mim eu não gosto!” Eu ouço isso o tempo todo na clínica.
E durante anos esse assunto me intrigou “por que presamos quem nos despreza e desprezamos quem nos presa”.
Durante um atendimento nessa semana consegui formular melhor meus pensamentos. Vou tentar colocar essas idéias que venho elaborando há anos…
Noto que desejamos ser amados e importantes para alguém. Isso é até obvio. Mas porque exatamente no momento que somos amados algo dentro de nós nos paralisa? E por que gostamos de alguém no exato momento em que nos sintimos rejeitados e isso até intensifica o desejo?
Bem, vamos por parte.
Esse sentimento de amor interrompido é vivido pela primeira vez na relação com os pais. É o primeiro amor proibido e que nos é negado pela cultura, não podemos concretizar nossa intenção amorosa com os pais. A não ser no plano da idealização.
Essa relação passa a configurar o primeiro triângulo amoroso da nossa vida. Aquele quem eu desejo não me deseja. A primeira desilusão amorosa e dor sentimental fica registrada em meu inconsciente.
Em nossas peregrinações amorosas buscamos outra possibilidade de amor. Mas já carregamos essa primeira ferida.
Em torno da dor criamos barreiras e medos que nos assombram a cada vez que nos sentimos envolvidos pelo amor.
Quando notamos alguém que nos ama aquele sinal de alerta inconsciente dispara “CUIDADO, você va se machucar, não se prenda a ninguém”.
Esse temor de viver uma história concreta e não idealizada de amor nos congela a alma. Pois nos confere responsabilidade (“tu te torna eternamente responsável por aquele que cativas”) e esse sentimento nos apavora. O de não sermos bons o suficientes para preencher o amor dos outros. Diante do amor alheio nossa criança ferida recua e teme viver uma intimidade, o apego e a possibilidade do fracasso, rejieção e abandono.
Já a posição de rejeitado é confortável, pois ficamos num eterno embate com um rival inimigo. Essa raiva misturada com desprezo nos coloca num vitimismo queixoso e paralisante. Ficamos estagnados no tempo e espaço à espera daquela pessoa amada. Perdemos a responsabilidade pela nossa vida e ficamos à mercê de outra pessoa. Dependo dela para ser feliz e não mais de mim.
Do contrário, ser amado me confere uma responsabilidade para com o sentimento alheio que talvez não me sinto preparado. A realidade é sempre desconfortável se comparada com a idealização. E diante da realidade de alguém que me ama também sou colocado diante de meu ressentimento do passado, a sombra irrompe e diz: “Agora seria um bom momento para fazer essa pessoa experimentar um pouco do que eu sofri”.
Nessa hora surge o nosso sentimento de desprezo pelo outro, achamos as demonstrações de afeto da pessoa bobas e melosas. O amor dela nos parece tolo e infantil e assumimos a posição dos nossos pais que nos proibiram o amor.
Por isso que quando alguém que desprezávamos desiste e segue em outra direção passamos a valorizar aquela demonstração do passado, pois daí passamos à condição de vítima e já não somos mais responsáveis por corresponder à altura do sentimento alheio.
Amar e ser rejeitado me coloca diante da raiva passiva.
Ser amado me coloca diante da responsabilidade de uma realidade de amor.
E disso dependeria minha felicidade.
Mas no fundo preferimos a fantasia à realidade. A rejeição vitimizada ao amor maduro. Preferimos a infância à vida adulta.
Amar me faz poderoso, ser amado me torna vulnerável. Dar me confere força moral, receber me expõe aos medos e inseguranças.
Por isso é mais fácil amar do que ser amado!
Se minha explicação ficou confusa, por favor perguntem pois quando brota algo assim prefiro escrever…"
trust no one
Desde criança decidi confiar em ninguém. Lembro de adquirir esta postura ainda menino, ao lado de meu pai, assistindo o seriado The X-Files, onde o principal antagonista da saga carregava um isqueiro que em seu corpo vinha escrito "trust no one" que significa justamente isso: não confiar. Tudo é uma questão de sorte, claro! Você pode por várias vezes confiar e todas se frustrar, mas dependendo você pode confiar uma única vez e nunca, para o resto da vida, se arrepender. Nesse caso o jeito é arriscar. Pena que não tenho essa coragem. Bem como não tenho coragem de esperar pela sorte, por exemplo.
Eu não confio. O antagonista de que falei tinha um apelido peculiar; Canceroso. Sim, ele era um viciado em nicotina e detinha o maior segredo do mundo. Ele realmente tinha bons motivos para confiar em ninguém. Ele não poderia se dar essa liberdade e embora nenhum de nós tenha algo tão grandioso a esconder, temos nossos segredos maiores. Que no fundo gostaríamos de compartilhar. Gostaríamos, além disso tudo, descobrir e guardar segredos. O que não se faz justo e nem gentil. Lado ruim de não confiar é que quando não confiam em nós, nos sentimos sós, e a cobrança dessa confiança é simplesmente indelicada.
23 de setembro de 2014
De repente eu te amei.
Há quatorze anos éramos duas crianças. O que lembramos um do outro sobre aquele tempo são pequenos flash de rostos suados e cabelos soltos ao vento. Olhares contínuos, atentos e frisantes, todos sempre em direção aos lados. Eu parava de frente e te olhava sempre de repente. Não tinha pretensão. Você nem se diz então. Uma menina, uma menina que hoje me alucina. Entre as filas formadas pelo pátio da escola ao tumultuo na saída dos alunos. Era e é tudo o que temos a nos recordar. Você com nove eu com onze de que venha me lembrar. Ambos com um jeito de principiante. Tudo o que acontecia era de forma marcante. O termino da escola um mistério. Era hora de voltar a outra parte de um mundo ainda muito singelo. O almoço era sempre o mesmo, mas a saudade do amanhecer constantemente mudava de peso. Tudo era fase e nosso pensamento ainda frouxo se iludia com a realidade. Muito comovente, quem sabe até insistem. Precisávamos aprender. Era uma obrigação conhecer. Cada um com sua moral. Cada um com sua educação. Hoje tudo é mais formal. Hoje quase somos sem coração. Muito tempo se passou e de lá para cá muita coisa mudou. Foram sete para somar com sete e dar no que deu. Foi a coincidência, o tempo e o acaso que nos concedeu: a sorte. A oportunidade de quem sabe fazer o que deveríamos um dia ter feito: descobrir o amor, não por ter fé mas por notar o que ele é. Sublime observação diária do que é melhor a nós. De repente eu te amei. Não por acreditar, mas por existir. Com todas as dores e todas as magoas de cosias que nenhum de nós um dia fomos a causa. Suas experiências e sua recepção acalentada, veio como brisa, como forma, como naquele tempo em que eu suspirava. Eu não quero nenhuma discussão e você mais nenhuma frustração. Como é bom imaginar tudo dando certo. Como é bom sonhar que você é a princesa e eu o príncipe dentro de um castelo. Quem acreditaria nessa história que em quatorze anos não se fez um conto. Mas que com uma semana simplesmente se significou. Por que de repente eu te amei. Não por acreditar, mas por existir. Já que nem tudo que sinto é o que acredito. Eu simplesmente senti e não especifiquei. O especifico é o amor que não quero acredita. Embora eu tenha te amado. O amor existe e eu senti. Uma história antiga que por algum motivo veio a vir; a ser amor.
18 de setembro de 2014
Super simples de entender
Gastei metade do meu almoço para escrever isso, mas está valendo. Tenho um amigo que está indignado com seu relacionamento. Chegou ontem em mim para falar que já não aguenta mais a sua mulher. Também não disse mais nada, apenas isso. Geralmente é tudo o que um homem consegue fala a outro homem com relação a uma mulher, que não aguenta mais. Como conheço a figura não quis entrar no mérito de julgá-lo pelo que faz. Nós homens não temos isso como princípio. Cada um com sua vida e cada um com sua história já que no fundo todos sabemos que não há nada de certo no que todos fazemos. Homem sabe muito bem como é seu caráter, mas não faz disso uma questão. Existem 200 milhões de livros sobre comportamento e 500 trilhões de psicólogos e sexólogos espalhados por este planeta dissertando sobre relacionamento amoroso e dentando trazer respostas para dúvidas iguais as desse meu amigo: "Por que mulher é tão difícil de entender". Mano, vai tomar no cu para toda essa gente! Inclusive para esse meu amigo. Homem é tudo um lixo e existe um texto que publiquei no meu blog explicando por quê. Mas sem querer retomar aquele assunto, vou me atentar apenas ao fato de que não é bem verdade que mulher é difícil de entender. Isso é uma falácia machista e discriminativa. Mulher tem suas indiferenças da mesma forma que os homens têm suas discrepâncias e o problema é que com relação ao homem ninguém conseguiu desmascarar, que é muito mais lógico os homens serem difíceis de entender do que as mulheres. As mulheres nunca foram o problema maior. O problema maior sempre foi o homem e isso é guardado e mascarado pelo machismo a milhares de anos, com histórias e preconceitos que começam desde Adão e Erva até as famílias tradicionais onde elas eram sempre as submissas. Sendo assim, o tempo passou e o tratamento sempre foi dado desta forma: você é a doida, você é a maluca, a culpada é você e eu nunca te entendo. Enfim, outro dia escrevo sobre esse grande engodo. Mas voltado ao caso do meu amigo. A indignação está em não compreender por que uma mulher se apaixona por um homem, dependendo casa e constitui família, para depois de repente se desinteressar ou começar a agir daquela forma fria e silenciosa como ela se faz. Simples. Muito simples. Mulher perde o interesse por um homem da mesma forma com um homem perder o interesse por uma mulher. Não existe mistério feminino nenhum nisso. Na verdade o que os homens não entendem não é o comportamento das mulheres que eles falam ser incoerentes, mas sim como é que ela conseguem perceber que ele está mentindo tão sutilmente mesmo com toda a expertise que ele teve em não deixar evidências. HAHAHAHA é foda mas é real. Homem fica indignado com isso acredita, e pior, nem ele sabe. Na cabeça da mula é você que é a maluca, e sobre o que ele faz, como você não pode materialmente provar senão pela sua intuição, você acaba sendo julgada como uma pessoa difícil de se entender. HAHAHAHA. Um homem se interessa por uma mulher, praticamente todas as vezes, por conta da sua beleza e pelo seu corpo. Para ele não é discriminativo se ela é burra e/ou pobre. A mulher também pensa da mesma forma, só que ao contrário, se interessa por um homem, praticamente todas as vezes, por conta da sua inteligência e pelo seu poder (dinheiro). Para ela não é discriminativo se ele é feio e/ou se ele é fora de forma. Claro que tudo isso faz diferença, mas não é delimitativo e sim classificatório. Que vantagem tem a um homem uma mulher inteligente ou rica? HAHAHAHA Zero! Que vantagem tem a uma mulher um homem lindo e gostosão? HAHAHAHA Zero! Uma mulher inteligente e rica é dor de cabeça tanto quanto um cara lindo e gostosão. O problema do meu amigo é que ele vendeu por meio da sua sedução uma pessoa que ele não é; um cara rico e inteligente, embora seja feio é fora de forma. Como mentira tem perna curta, a mulher dele finalmente percebeu que ele além de ser um canalha (homem) é um mané e mentiu para conquistá-la. Tenho certeza que muito homem vai achar ruim o que eu estou falando, mas tenho certeza que todos esses terminariam com suas mulheres caso de repente ela começasse a ficar velha e barriguda. É por isso que eu falo que as coisas ficariam super simples de entender se a pessoas parassem de se enganar.
16 de setembro de 2014
A verdade sobre A verdade
Pode até ser verdade que todo mundo quer saber a verdade, mas também é verdade que ninguém sabe o que depois fazer com ela. A verdade não serve para nada, apesar que isso não justifica o erro de mentir. Até para o mentiroso é horrível mentir, porque a mentira não tem fim, diferente da verdade onde tudo se termina e nada se questiona, afinal, é a verdade. Que ninguém sabe para que serve. Ninguém sabe o que com ela fazer. Então, até o momento nunca serviu para nada. O que fez quando soube que o amor da sua vida lhe traiu? Nada! Pelo menos nada do que realmente gostaria de fazer. O que fez quando soube quem foi o assassino? Nada! Até por que verdade nenhuma pode fazer milagre. Verdade nenhuma pode fazer mágica. A verdade só pode mostrar o final e no final não tem mais nada, nada que fosse tão confortante quanto uma mera mentira. Como se um dia descobrisse quem realmente é você, de onde você veio e para onde você vai. Sabendo de todas estas coisas você simplesmente irá querer saber o que há além delas pois as pessoas não se contentam com a verdade. E falando de verdade, um dia, pelo menos ao final da vida, todo mundo descobre que a verdade sobre sua morte não serve pra nada, aliás, nenhuma verdade serviu.
15 de setembro de 2014
Curioso não!
O celular toca e ela entra em desespero! "amovida" é como está salvo o contato. São 6 chamadas recusadas só naquele momento. De um lado para o outro entre os aplicativos, estava mesmo desnorteada. Saia da lista do whatsapp e ia pra pagina do face, aleatoriamente, sem propósito algum. Até a hora que em completo pensamento se deparou com a tela de bloqueio e a encarou com o rosto de uma das maiores dúvidas do mundo. Mesmo que se o papel de parede pudesse ajudar, não ajudou e dificilmente ajudaria. Naquele instante aquilo não significava nada, nada mesmo... Estava ali pra realmente não ficar em branco. Para o devaneio fazer um pouco de sentindo. Em outras palavras, para não morrer a esperança. Por que mulher sofre assim? Curioso não!
Quer humilhar?
Acordei às 7h da manhã para jogar futsal com o pessoal a maioria pai de família. Eu sou um dos mais jovens, solteiro e sem filhos. Tudo indo muito bem até me aparecer um invejoso (leia Está feio! Jura?) que conheço a um bom tempo vir me questionar como estava minha vida. Já que não devo nada, não me intimidei em dar satisfação. Respondi que estava trabalhando, estudando e que tudo estava indo muito bem. O cara, muito audacioso, disse que isso não lhe interessava, porque queria mesmo saber como andava a mulherada, pois boa parte de toda a galera daquele passado uns já tinham família, outros casado ou com filhos. Bacana eu pensei! Esse cara quer me contar vantagem apenas para me conscientizar ou me humilhar diante daquilo que ele julga ser destino para todos. Em partes ele pode até estar certo, afinal reprodução é não diria destino, mas a finalidade de toda a gente. Só que esse sujeito está errado em uma coisa que eu até poderia ter mostrado, mas eu tive certeza que não valeria a pena. É necessário ter no mínimo duas coisas para poder humilhar alguém: direto e moral. O que ele não tinha. Um coitado, pai de dois filhos. Leva marmita pro trabalho e ganha dois salários mínimos em troca de todo o sacrifício, incluindo o de sair às 5h e chegar às 19h. Claro, também não terminou o ensino médio; teve o primeiro filho com 17 anos, o segundo com 19 e casou com 21. Hoje, está com 24, mesma idade que a minha, morando no mesmo quintal da casa dos pais. Ou seja, além de não ter razão, também não tem nenhuma competência. Às pessoas sempre confundem convicção com autoridade e acabam perdendo a noção da sua vida real e do limite de seu julgamento. Triste dizer, mas se você não estiver no seu direito e se principalmente não tiver moral, pense muito antes de tentar humilhar alguém, para o efeito não ser o contrário.
Está feio! Jura?
Quando todas as vezes que você compra uma roupa uma mesma pessoa é sempre a primeira a dizer que fico feio significa de duas uma: ela achou tão diferente que jamais teria a mesma ousadia de copiar o estilo, ou, que não teve a mesma criatividade, talvez nem condição de se vestir parecido, então preferiu te ataca. A verdade é que quando vemos em alguém que conhecemos algo realmente feio não fazemos da situação pretexto pro deboche, muito contrário, ficamos comovidos. Não fazemos discriminação, porque na maioria das vezes o ridículo estimula respeito. Se alguém sempre diz que você está feio significa basicamente que ela queria ser algo parecido, significa que ela tem INVEJA.
12 de setembro de 2014
Que azar
A situação é mais ou menos a seguinte. A mina é torcedora fanática e não perde um jogo do seu time. Vai as partidas de futebol assim como alguém vai ao parque de diversões. Acha que por estar entre seu grupo pode gritar, xingar, ofender, seja lá quem for. Se aproveita do barulho e do calor da emoção torcedora. Acredita que tudo não passa de uma brincadeira, de um jogo. Está ali apenas para torcer, seja da maneira qual for, ninguém ira notar, ninguém irá fazer questão. Ela pensa que o que fizer é pelo seu time e entre eles tudo é bem-vindo, aceito e comemorado. Afinal, compartilham das mesmas alegrias. Sentem as mesmas vibrações e no calor dessa euforia só quer entre todos se envolver e com a vitória ser feliz. Mas... a história não é bem assim. Embora o mundo sempre fosse regido por normas e sempre tivesse condutas as serem seguidas por uma questão de pacto social, o próprio mundo nunca deu conta de controlar se tudo era estritamente cumprido. Era praticamente impossível chegar a esse nível de monitoramento digamos do próprio homem ao qual todas aquelas regras foram impostas. Hoje? Hoje você consegue saber onde seu marido está em tempo real. Você consegue pesquisar sua vida na internet que você não sabia ou tinha esquecido que estava lá, publicada. Você consegue ter o azar de em meio a milhares de torcedores ser filmada fazendo ofensas racistas e junto a você tantos outros com a mesma sensação de libertinagem passarem despercebidos. Mas apenas você representar pelo erro de todos, porque foi por azar que seu rosto saiu no vídeo e não há como provar o contrário. Que azar.
11 de setembro de 2014
O lado ridículo
Cara, não entendo a cabeça das pessoas. Nunca se importou com o parente. Nunca deu o merecido valor, às vezes porque o parente nunca mereceu. Nesses casos, fazia era muito pouco caso. Não se preocupava e só procurava saber em especial se a situação geral da pessoa estava melhor ou pior que a sua própria. De repente o parente se hospitaliza, fica em coma, se interna, em estado grave, quem sabe de choque, correndo risco de vida. Então a pessoa se rebela. Faz baixaria na porta do hospital. Atrapalha a dedicação dos parentes mais próximos, ou dos amigos, que seriam muito mais efetivos que ela própria, que nada significou senão um ser inconveniente a vida toda. Não sai da sala de espera. Não para de incomodar, ligando no meio da madruga. Chora, faz escândalo, diz que sonhou e teve um pesadelo. Depois faz corrente nas redes sociais, pública qualquer novidade, sem ao menos dar o cuidado de verificar se a informação é verdadeira. Isso deixa todos da rede confusos e aflitos. Quando não fica sabendo primeiro de algo, vai tirar satisfação, discute com os médicos, só com os médicos porque com a assistente social da muita preguiça. Bate-boca com quem não é da família, faz inimizades, depois toma uma comida de rabo do avô ou do pai e se explica dizendo que só queria ajudar, que está muito abalada e não sabe o que fazer porque doí demais. Ai volta a chorar, fica toda vermelha, com o rosto inchado, passa mal, entra em depressão, briga com o namorado alegando que o miserável não teve a coragem de em nenhum momento a acompanhar. Ou se for homem o parente da vítima, enche o saco da namorada para ir junto, a namorada vai e o cara invés de dar assistência fica namorando atrás do hospital. Se for acidente de trânsito o cara quer ir de represaria, pesquisa placa, endereço, processo civil, criminal, advogado, quer que quer indenização. Procura os primos, os tios, os irmão. Pega o 38 velho na caixa de sapato e checa para ver se ainda tem bala. A namorada diz que não há necessidade para tanto e ele reponde que não tem nada a perder. Agora se o parente tem herança a figura muda. O contexto é outro e se caso o parente morre, coitado, espera-se que depois da morte o que tiver que acontecer aconteça em outro lugar porque seria constrangedor ver como a família se reage diante da morte. Literalmente uma guerra. Filho da puta se o parente não tenha deixado o testamento pronto, porque ai a dor de cabeça é maior aos familiares. É necessário entrar com processo de direito das sucessões. Burocracia pura. Os irmãos, que antes eram amiguinhos uns dos outros, se tornam eternos inimigos, ao ponto da discórdia fazê-los se esfaquearem. Uns encher a cara da cachaça e vão desaforar na porta do outro. Mandam indiretas, fazem ameaças e caluniam. O pobre do falecido? ah, esse ai é sempre um desgraçado que até depois da morte ainda traz problemas. Vai entender as pessoas.
Do deserto do nada ao teatro de prazeres
Cá estou mais uma vez em meio ao vazio da minha estupidez. Debruçado na varanda da tristeza eu me encerro e os olhos do nada acompanham a frenética dúvida. Uma alma como a minha é uma alma deficiente que manca, como por uma estrada de pó e todas as noites arrasta-se pelo deserto seco que é a vida. Na mochila carrego o ultimo alimento no qual me sustento: um livro. Um livro qualquer, para qualquer desgraçado que vive a se perguntar: quem sou eu perante o mundo? Pergunto-me. Quem sou eu perante eu? Perguntam-me. Parece serem duvidas inúteis, tanto quanto a curiosidade humana. Mas no escuro do meu céu, com a pequena luz que me cabe neste silêncio, leio... Leio para encontrar resposta assim como caminho. Assim como facas fincadas em meu crânio, às dúvidas sangram meu raciocínio e a areia engole cada gota dessa experiência... Que pensar de mim, penso eu. Poderia levantar-me e desentortar as pernas tortas da minha alma endireitando-as. Puxar às facas fúteis da minha mente e aliviar meu raciocínio. Sei, meio que continuaria a correr pelo deserto do nada, mas quem sabe não encontraria um poço de água. Pareceria sorte? Pois na imaginação da vida o calor é forte. Negativo. A imaginação é fértil. Em outro aspecto, estar aqui é estar caído em uma vala escura. Desesperadamente pedindo socorro... Traz-me a sensação de esperança... No momento em que levando a cabeça é quando vejo a substancia tradicional da história sendo destruída pela forma tecnológica de viver. Daí, sinto-me sempre idiota em gritar assim, em quanto posso apenas ligar, mandar uma mensagem, conversar com qualquer um. O sentido da minha agonia se degrada tanto quanto o meio ambiente que se torna máquina. A fé que se animava no meu coração não mais encontra linguagem eficaz para expressar-se, e aos poucos, enquanto tornando-se vazia as dimensões da minha alma, o mundo em mim não se faz mais aquele deserto, mas apenas um triste teatro de prazeres. Onde o universo em mim se relaciona através da história, e onde tudo cria forma e significado, ainda que mais grotesco. Expandindo continuamente os limites do meu conhecimento. Assim... como se eu me perdesse no infinito das realidades cósmicas e, às vezes, tropeçasse em miragens de poços de água da história. Face a vida adquiro consciência do passageiro e insignificante caráter de minha existência. O universo se cala diante de mim. Pois minha busca leva-me para o mais silencioso lado do mundo. Uma busca de sentido na aparência por meio da essência. Que me confirma uma única conclusão que tenho ao olhar tristemente para vida. Que a morte a reconhece como um gesto sincero de prazer.
3 de setembro de 2014
Mais vivos que nós. Mais vivos que você!
Um olhar triste para a vida é um olhar sincero para a morte. Simples assim. Desconfiança de que as coisas podem melhorar e a incerteza de surgirem dias melhores nos causam angustia e desmotivação de querer continuar em vida. Já que em vida nada parece mudar, bem como os dias que passam e continuamos sempre nas mesmas situações. E nem sempre por descuido próprio, ou por exacerbada preguiça, mas é que nada dá certo mesmo independente dos esforços empregados contra isso. Eu concordo com você. Ninguém merece viver assim. Mas olha, eu poderia descordar. Note que existe gente em condições piores que as suas, que a nossas; sempre haverá, e então por ai, em toda a parte, vivos! Mais vivos que nós. Mais vivos que você!
Desconfiada Ansiedade
Sei não viu... Aliás, é sempre bom desconfiar! Não vale apena acreditar nas pessoas! Não vale apena acreditar em nada. Como diz a música: “confiança é uma mulher ingrata que te beija e te abraça, te rouba e te mata”. Sim. Mas por que relacionar a mulher ao contexto duvidoso e infido? Por que será ne? Simples! Por que mulher faz coisas que homem nenhum consegue fazer, e por inveja, como sempre, a rotula. Nem toda mulher tem força física para enfrentar qualquer homem. Nem toda mulher tem disposição para encarar as adversidades da vida com objetividade e preponderância. Nem toda mulher tem coragem suficiente de arriscar. O universo feminino é delicado e a defesa de alguém nesse contexto acaba por muita necessidade sendo fiúza. Diante do infortúnio aos nossos desejos levantamos voz; fazemos ameaças; usamos da malandragem, persuadindo, humilhando; usamos da força, atacando, agredido. E assim como fazemos tudo por um motivo, a mulher também atraiçoa, finge; de forma ardil te abandona, te intriga e te joga numa cilada, e claro, por um motivo também.
O fato é que a traição feminina é muito mais sutil e discreta diferente da masculina que é muito mais grave e deslavada. É como se você fosse empurrado de uma escada, e da outra forma, é como se você fosse espetado por uma agulha contaminada. Quando uma confiança é traída (por algum motivo claro) o homem se sente ferido e por puro machismo associa a culpa ao comportamento feminino. Homem é nojento! Enfim, confiança entre as pessoas, além de demandar muita ponderação, nunca vale apena. Sempre nos decepcionamos, em grande ou em pequeno tom, sempre nos desapontamos e sempre, mas sempre, por uma questão de interesse. Ir procurar melhores explicações é querer se frustrar ainda mais. Quer algo pior que ser traído é ansiar entender seus motivos. O anseio ainda consegue ser pior que a confiança. Na verdade é por anseio que você confia. Você pensa: “Nossa, mas se eu não confiar em alguém irei confiar em quem? Não posso me submeter a essa individualização. Preciso arriscar porque senão jamais chegarei em algum lugar”. Resultado: desapontamento. Motivo: interesses conflitantes. Mais motivos: sua ansiedade.
1 de setembro de 2014
Dá pra acreditar?
Que pela internet, em um dia, eles se conheceram. No outro, marcaram encontro. Depois, na noite seguinte, fizeram amor. No alvorecer, souberam da gravidez. Depois, no outro dia, postaram a notícia. No próximo gerou polêmica. No outro dão a reposta que cada um cuida da sua vida e, como de regra, no outro o pai da menina entra na internet e ao ver toda a situação, percebe que a história do longo relacionamento que a filha contou com o namorado era tudo mentira. Passa um dia e por conta de uma discussão a menina, grávida, sai de casa e vai morar com o pai do seu filho. Para depois, no dia seguinte, descobrir que seu bebe ela o perdeu. Amanhece. Num desgastante debate ela acaba brigando feio com o namorado. Então passa um dia e lá vai ela voltar para casa dos pais e no dia seguinte, não suportando desabafa publicando assim: não há nada melhor que um dia após o outro. Eu, muito curioso, pergunto porquê e ela, sutilmente, me reponde com essa pequena história. Dá pra acreditar?
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