3 de setembro de 2014

Desconfiada Ansiedade

    Sei não viu... Aliás, é sempre bom desconfiar! Não vale apena acreditar nas pessoas! Não vale apena acreditar em nada. Como diz a música: “confiança é uma mulher ingrata que te beija e te abraça, te rouba e te mata”. Sim. Mas por que relacionar a mulher ao contexto duvidoso e infido? Por que será ne? Simples! Por que mulher faz coisas que homem nenhum consegue fazer, e por inveja, como sempre, a rotula. Nem toda mulher tem força física para enfrentar qualquer homem. Nem toda mulher tem disposição para encarar as adversidades da vida com objetividade e preponderância. Nem toda mulher tem coragem suficiente de arriscar. O universo feminino é delicado e a defesa de alguém nesse contexto acaba por muita necessidade sendo fiúza. Diante do infortúnio aos nossos desejos levantamos voz; fazemos ameaças; usamos da malandragem, persuadindo, humilhando; usamos da força, atacando, agredido. E assim como fazemos tudo por um motivo, a mulher também atraiçoa, finge; de forma ardil te abandona, te intriga e te joga numa cilada, e claro, por um motivo também. 
     O fato é que a traição feminina é muito mais sutil e discreta diferente da masculina que é muito mais grave e deslavada. É como se você fosse empurrado de uma escada, e da outra forma, é como se você fosse espetado por uma agulha contaminada. Quando uma confiança é traída (por algum motivo claro) o homem se sente ferido e por puro machismo associa a culpa ao comportamento feminino. Homem é nojento! Enfim, confiança entre as pessoas, além de demandar muita ponderação, nunca vale apena. Sempre nos decepcionamos, em grande ou em pequeno tom, sempre nos desapontamos e sempre, mas sempre, por uma questão de interesse. Ir procurar melhores explicações é querer se frustrar ainda mais. Quer algo pior que ser traído é ansiar entender seus motivos. O anseio ainda consegue ser pior que a confiança. Na verdade é por anseio que você confia. Você pensa: “Nossa, mas se eu não confiar em alguém irei confiar em quem? Não posso me submeter a essa individualização. Preciso arriscar porque senão jamais chegarei em algum lugar”. Resultado: desapontamento. Motivo: interesses conflitantes. Mais motivos: sua ansiedade.