Acordei às 7h da manhã para jogar futsal com o pessoal a maioria pai de família. Eu sou um dos mais jovens, solteiro e sem filhos. Tudo indo muito bem até me aparecer um invejoso (leia Está feio! Jura?) que conheço a um bom tempo vir me questionar como estava minha vida. Já que não devo nada, não me intimidei em dar satisfação. Respondi que estava trabalhando, estudando e que tudo estava indo muito bem. O cara, muito audacioso, disse que isso não lhe interessava, porque queria mesmo saber como andava a mulherada, pois boa parte de toda a galera daquele passado uns já tinham família, outros casado ou com filhos. Bacana eu pensei! Esse cara quer me contar vantagem apenas para me conscientizar ou me humilhar diante daquilo que ele julga ser destino para todos. Em partes ele pode até estar certo, afinal reprodução é não diria destino, mas a finalidade de toda a gente. Só que esse sujeito está errado em uma coisa que eu até poderia ter mostrado, mas eu tive certeza que não valeria a pena. É necessário ter no mínimo duas coisas para poder humilhar alguém: direto e moral. O que ele não tinha. Um coitado, pai de dois filhos. Leva marmita pro trabalho e ganha dois salários mínimos em troca de todo o sacrifício, incluindo o de sair às 5h e chegar às 19h. Claro, também não terminou o ensino médio; teve o primeiro filho com 17 anos, o segundo com 19 e casou com 21. Hoje, está com 24, mesma idade que a minha, morando no mesmo quintal da casa dos pais. Ou seja, além de não ter razão, também não tem nenhuma competência. Às pessoas sempre confundem convicção com autoridade e acabam perdendo a noção da sua vida real e do limite de seu julgamento. Triste dizer, mas se você não estiver no seu direito e se principalmente não tiver moral, pense muito antes de tentar humilhar alguém, para o efeito não ser o contrário.