9 de janeiro de 2017

As possibilidades diante do próprio desespero

            Você namora, se envolve, faz planos, engravida e o homem se afasta. Você se sente sozinha, perdida e segurando um puta problema. O aborto sempre será uma opção! Por mais que seus princípios morais e religiosos sejam opostos a esse ato, você vai cogitar a possibilidade diante do seu próprio desespero. O avanço da tecnologia soma ao avanço da liberdade e padrões morais vão se desconstruindo assim como se desconstruiu o padrão de sexo apenas após o casamento, a negação religiosa do uso da camisinha, a negação religiosa do uso do anticoncepcional. A moralidade do "errado (ou não) abortar" um dia assentará a um pensamento quase unânime, com raras exceções. Pois um padrão só deixa de existir pelo surgimento de outros modernos , que correspondem às necessidades de? Eis a questão! Aí reside meu pensamento sobre o aborto: seria mais uma mudança na sociedade com fins econômicos? Uma mudança social voltada ao consumo? A mercantilização da vida dentro dos convênios ou das inúmeras clínicas legais e especializadas para o procedimento médico, a preços econômicos, dentro de planos básicos. Porque convenhamos de que não serão só as vítimas de violência sexual que farão uso desse direito e possibilidade jurídica muitoooooooo atrasados... Estará facinho, será só ligar e agendar... Fico curioso, pensar como serão as coisas mais para frente: a familiar é o mais intrigante, pois quê família? No livro Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley a gravidez já é um vexame.