9 de janeiro de 2017

Ser comum

         Esse papo de jeitinho brasileiro parece ultrapassado, mas percebo que é pensar assim que revigora ainda mais nosso hábito de querer sempre se dar bem em tudo nada vida e ainda tentar apagar qualquer vestígio dessa vergonha em conduzi-la pautando-se inúmeras vezes pela troca corrupta de gentilezas. A nossa cultura é muito curiosa. Roberto DaMatta denúncia muito bem essa faceta brasileira de pensar que "Ser comum é ser inferior". Fez-me lembrar de uma situação muito clássica que é a fila do supermercado onde diz ser caixa rápido, para no máximo 10 unidades. Mas o brasileiro de fato acha que por ser 12, 15, 11, não irá fazer mal, não dá nada, não pega nada, suave, passa ai, rapidinho... e assim vai, da privada para esfera pública, sem o menor freio cultural.