Quem decidi abandonar o corpo, decide também abandonar a Terra (Gaia). Esse é o Princípio do Princípio (Jardim do Éden). Uma vez que o objetivo mais elevado do homem é ser Ar (Vāyu), essa pessoa procura atingir a Gnose (Prajñā). Por isso, começamos com Lilith que é Gaia (Terra), depois Samael que é o Céu (Ar), dai vem Adão que é o Sol (Fogo) e por fim, Eva que é a Lua (Água). O Corpo é a Matéria (Prakṛti) também conhecida como Pudgala e representa a Água que está na Terra (Gaia) por conta da cor do azul. A Consciência é o Espírito Primordial (Paramatman) também conhecido como Purusa e representa o Ar (Céu) que está no Espaço (Akasha) por conta do som da luz. Tudo começou com a Água, que é Tiamat. Mas a Água é o Céu e o Céu é Urano, filho da Terra que é Gaia, então aí já fica estranho afirmar que a Água é eterna por que o Céu é infinito mas a Terra não. Como a Terra gerou sozinha o Céu, então o Céu que é Água, é idêntico a Terra e a cor Azul justifica. Entretanto, temos em ambos no centro o Sol que é o Fogo. O Fogo então dá origem ao Ar já que a Terra dá origem a Água. Do Sol surge Prana, depois assumi Vayu, nome técnico do Ar que fica entre o Céu e a Terra. Mas o Céu e a Terra é uma coisa só devido a cor Azul. Sendo assim, não temos 4 elementos mas 3: o Fogo, que é o Ar, a Terra que é a Água, o Sol e o Céu que os representam. Então ficamos assim: Ar/Fogo, Água/Terra e o Céu/Sol. Agora fica mais fácil porque se Deus é a totalidade do Ar e sua origem está no Sol (Ámon, Rá, Hórus, Hélio, Apollo, Jesus, Surya) então nossa origem também estará no centro da Terra que é Fogo. Mas a Terra é Água e só no centro é que temos Fogo assim como o Céu é Azul e só no centro é que temos o Sol. De qualquer forma, um átomo do Ar/Fogo sai da sua origem que é o Sol ou o centro da Terra, tanto faz, e encarna na Água que a própria Terra assim como a Terra (Gaia) sozinha fez encarnar o Céu (Urano). Resumindo, somos um átomo de Ar preso num corpo de Água assim como a Terra é um átomo gigante de Água preso na totalidade do Ar. Então não são mais 3 mas apenas 2 elementos: a Água e o Ar. A Alma é a mistura (Prapanca) que está no centro que é o Sol. O Prapanca é a Shatkona, um hexagrama que representa o "mundo fenomenal", a mistura do Pai com a Mãe que resulta no Filho(a), pois primeiro aprendemos a ler (sabedoria) depois começamos a compreender o que lemos por meio da palavra (conhecimento). Já a sabedoria, que está na luz do Sol que são os Filhos(as) e que representa o som (conhecimento), está por todo o Espaço (Akasha). O fim último de toda Gnose é a metanoia (Aśubhasaṃjñā), ou arrependimento – desfazer o pecado da existência material e retornar ao Aeon Treze que é a região do Ain (Ātyantika), o Absoluto Imanifestado, conhecido como Purusa. Sua morada é o Pleroma (Siddhakṣetra) que representa o Plano Astral (Āntarikṣa) localizado a cima da atmosfera da Terra (Gaia) simbolizando o Éter (Espaço). Pois quando um Espírito abandona o corpo, ele volta para sua verdadeira origem que é o Amor. Deus é Amor. A Personificação do Amor é Eros que significa "descanso". Aquele que procura o verdadeiro amor, procura então apenas descansar do sofrimento material (Dukkha). Todos os espíritos tem o direito de estacionar em qualquer lugar do Plano Astral, que tem como elemento (Mahābhūta) o Éter (Akasha-Tattva), mas ele (Ātmān) só encarna ou reencarna devido sua Ignorância (Avidyā). Por que como Deus é eterno, assim também é o descanso, e como a eternidade é extremamente entediante (Mahāmoha), o espírito viaja sem controle pelo Ar (Vāyu), subjugado pelos Receptores Retributivos de Melquisedec "Rei da Justiça" que atuam na Rede de Indra, devido Avidyā (Ignorância) que se manifesta na consciência como sentimento de culpa (Pecado Original). A "Rede de Indra" é uma rede infinitamente grande de cordas de propriedade de Vāyu (Ar), como uma metáfora para as complexas redes interconectadas, formadas por relacionamentos entre objetos, em um sistema que simboliza o universo, como uma teia de interdependências e conexões. Nesta metáfora, a Rede de Indra tem uma joia multifacetada em cada vértice e cada joia (Paramāṇu) se reflete em todas as outras joias (Samsara). Por conta de Mahāmoha o espírito desisti da eternidade, que é puro vazio (Svabhāva), e viajar pela rede disposto a reencarnar. Nem o Senhor Supremo assume as atividades pecaminosas ou piedosas de ninguém (Bhagavad Gita 5.15). De onde quer que a mente vagueia devido à sua natureza vacilante e instável, deve-se certamente retirá-la e trazê-la de volta ao controle do eu (Bhagavad Gita 6.26). A Rede é Indrajāla que refere-se a “criar ilusões” pois é um poder sobrenatural do próprio Espírito e representa um dos seus vários Siddhis (perfeições). Quando um Espírito (Ātmān) desencarna, se ele não tiver o conhecimento correto (Jñāna), sofre as consequências do ciclo (Metempsicose), que levam a uma nova existência após a morte, dentro do giro (Bhavachakra) interminável chamado Saṃsāra (Mundo). Acontece que quando saímos do corpo, passamos muito tempo esvoaçando (Indrajāla) pelo universo solitário (Sannyāsa) e por conta do amor (Kāma), nos arrependemos de ser espíritos da mesma forma como não suportamos mais ter um corpo e buscamos somente descansar (Eros). O amor é a base pois tanto pode significar descanso (Eros) quanto desejo (Kāma). Enquanto somos corpos físicos (Manuṣya), temos a chance de nós relacionarmos com outros seres vivos, mas depois que morremos, nos tornamos invisíveis e perdemos essa chance. Alguns espíritos não suportam essa ideia e se submetem ao risco da encarnação entrando no Prāṇa do Pai para tentar sentir novas experiências românticas (Kāma). O Espírito viaja solitário (Sannyāsa) como luz pelo universo (Indrajāla) e às vezes, [dependo do seu estado psicológico (Bhāva), que pode ser permanente, involuntário ou transitório e que procedem da “paixão erótica” de Kama], decide por conta própria retornar a matéria. Esses estados psicológicos também são estados de espírito e refere-se ao próprio poder de “criações maravilhosas produzidas por magia” que é a perfeição adquirida pelo homem (Manuṣya) que investigou a dor mundana (Dukkha) e obteve a dissolução final (Siddhis). É por essa razão que a morada de Deus (Devas) é nos céus, afastado do ciclo considerado Dukkha (Dor) ou sofrimento da matéria que só existe devido as paixões amorosas. O ciclo só para se a Salvação (Moksha) for alcançada pela libertação do Espírito Primordial (Paramatman) que vive em cativeiro como escravo do corpo (Prakṛtibandha); sendo este o conhecimento correto (Prajñā). O Espírito (Ātmān) é uma Centelha Divina (Paramāṇu) e o propósito da vida é permitir que ela seja libertada de seu cativeiro na matéria e restabeleça sua conexão com Vāyu. Paramāṇu é definido como a menor partícula da matéria e por isso se confundi com o Espírito (Ātmān). Todos os objetos materiais do mundo são feitos de algumas partes. Este objeto material é dividido em partes menores e este último é ainda divisível em partes menores que são ainda divisíveis em partes ainda menores. Este processo não pode continuar infinitamente e a menor parte da matéria que não pode ser mais divisível é chamada de átomo que é a Centelha Divina. Este átomo é sem partes, eterno e indivisível. É pura consciência (Cinmātra), a substância primordial que flui através de todas as formas como força nervosa e que percorre o corpo e universo. A única forma de abandonar o corpo físico separando-o da matéria (Kaivalya) é encontrar essa consciência dentro do Coração por meio de Dhyāna (Meditação). Apesar de ser matéria, por conta do seu tamanho, se torna invisível: a principal característica do espírito. Ou seja, a menor partícula da matéria é ao mesmo tempo uma partícula espiritual por ser invisível e autogerado em sua origem. O Espírito, vagando em Vāyu é considerado idêntico à energia divina da vida eterna (Deus), e se mistura e se confunde na medida em que é incondicional e absoluto em suas ações e efeitos. Sutil e onipenetrante (como o céu e os átomos). A Centelha Divina é Paramatman (Vāyu). Um ponto “Bindu” de consciência pura “só vê e sabe” e quando liberto, detém todos os poderes (Siddhi). Sua morada é o Plano Astral (Āntarikṣa) que fica acima da atmosfera da Terra (Gaia) simbolizando o Éter (Espaço). É o fator primário, que determina o princípio de causa e efeito em todas as formas de coisas criadas, sejam móveis ou imóveis. É Uno com Vāyu, pelo fato de seu curso (move-se por todo o universo). Para alcançar este fim (Moksha), deve-se primeiro atingir o aprendizado completo sobre a Respiração; e então, permanecendo como uma criança, sem sentimentos como apego e ódio, deve-se esforçar para permanecer constantemente meditando sobre os argumentos da respiração com o objetivo de dissipar toda idéia que impossibilite afirmar que, para natureza, o único propósito do ser é respirar. Ora, porque da terra, cooperada pela chuva, todas as plantas, como o arroz, passam a existir em sucessão ordenada. E todo alimento, tudo que é comestível, é derivado de plantas. Do alimento, quando digerido, vem o sangue, o sangue gera carne que gera vida; vida que respira. Na respiração, o ar derrama-se como fé no fogo do céu. A matéria do céu, assim agitada pela fé do indivíduo e pelas forças vitais, torna-se matéria luminosa. As mesmas forças vitais do homem derramam então aquela matéria do céu no fogo da nuvem de chuva; e daí vem como chuva. Então Deus despeja essa chuva no terceiro fogo chamado terra, e aí vem a comida. O corpo humano se converte num caldeirão (ding), o Bhūtamaṇḍala, no qual os Três Tesouros de Jing ("Essência") o Éter, Qi ("Respiração") o Prāṇa e Shen ("Espírito") o Paramatman são cultivados com o propósito de melhorar o estado físico, mental se misturando com Vāyu e finalmente retornando à unidade primordial do Tao “Fluxo do Universo”; ou seja, desfazendo os nós, os laços e as travas (Bandha) do nascimento e tornando-se um imortal dentro do Pleroma (Siddhakṣetra) que está acima da atmosfera da Terra chamado Plano Astral. Para tanto, é preciso compreender que entre o corpo e a mente ou entre a energia material ou física e a energia mental, existe a Respiração (Prāṇa), que é um elo intermediário entre os dois (Kumbhaka). O Ar (Vāyu) que respiramos chama-se Prāṇa. A diferença entre Prāṇa e Vāyu é que o Prāṇa é a porção que respiramos e o Vāyu a totalidade do Ar (Bindu). Prāṇa é Ātmān e Vāyu é Paramatman. A porção que respiramos faz um som (Nāda) e a totalidade não faz (Bindu). Bindu é o Pai, Nāda é a Mãe, Ātmān é o Filho e por essa razão todos os que respiram podem se salvos porque todos os que respiram são filhos. A palavra Prāṇa (Nāda) tem sido traduzida como força vital, energia biológica ou bioplasma. Mas de fato refere-se ao “sopro vital”. Controlando a Mente (Consciência), pode-se controlar o Prāṇa (Nāda) e controlando o Prāṇa (Nāda), pode-se controlar a mente (consciência). O estado em que Vāyu (Ponto) e Prāṇa (Som) se misturam tornam um (Paramatman). Se os pensamentos estão absolutamente tranquilos para que o coração celeste possa ser visto, a inteligência espiritual chega à origem sem ajuda. Por isso o Mestre ensina a circulação da Luz (Prāṇa) para que se alcance a verdadeira natureza humana. A verdadeira natureza humana é o Espírito Primordial (Paramatman). O Espírito Primordial é precisamente a natureza e a vida, e se aceitamos o que há de real nela, será a Energia Primordial (Vāyu). O grande Caminho (Tão) é exatamente esta coisa. O Coração Celestial (Anāhata) é o germe do grande Caminho. Se você puder ficar absolutamente quieto, então o coração celestial se manifestará espontaneamente dentro do Prāṇa que é Saṃvit (consciência). No processo de criação, Saṃvit é primeiramente transformada em Prāṇa. Então Prāṇa é uma fase da própria consciência. A alma individual (Ātmān) consiste em Água (Terra) e Ar (Céu) e está estabelecida no Anāhata. O Coração é Anāhata que refere-se a “som não tocado” e simboliza a energia da consciência transcendental que, tornando-se de si mesma, assume a forma de Som Não Atingido. Esse som é Nāda que significa som ilimitado e infinito. Nāda é o som do Reino Celestial e é geralmente associado a um som sereno, calmo e sem violência. Localiza-se na região do coração, no centro do peito, e por isso também é conhecido como Centro do Coração. O Anāhata é nosso templo interior no qual reside o divino Espírito Consciente que é Ātmān, “a chama da vida”. A Auto-Realização, também conhecida como Realização de Deus, envolve o reconhecimento de nosso próprio Ser, o Ātmān. Em sânscrito, a palavra Anāhata significa ileso, não atingido e invicto. O Anāhata (Coração) é representada por uma flor de lótus cinza-fumo, com 12 pétalas. Dentro dele há uma região cor de fumaça que é feita a partir da interseção de dois triângulos, criando um Shatkona. O Shatkona é um símbolo conhecido como a Estrela de Davi que representa a união da forma masculina e feminina. Mais especificamente, pretende representar Espírito (o ser supremo) e Matéria (mãe natureza). A sílaba semente é o mantra 'Yam' que significa Vāyu “ar” sendo invisível, infinito e eterno. Dentro do Bindu (बिन्दु, “gota vital”) ou ponto acima da sílaba reside Ātmān, o Espírito Consciente em sua sede. No sistema endócrino, diz-se que Anāhata está associada ao timo. O timo era conhecido pelos antigos gregos e seu nome vem da palavra grega θυμός (thumos), que significa "raiva", ou "coração, alma, desejo, vida", possivelmente por causa de sua localização no peito, perto de onde as emoções são subjetivamente sentidas. Isso é descrito como uma pequena chama (Vāḍava) representada pelo Brilho do Sol e que residi dentro do coração. Ele está localizado entre as clavículas no centro do peito. Se alguém bater levemente neste lugar com os nós dos dedos algumas vezes, isso aquieta os nervos afetados pela excitação ou estresse e nos traz de volta ao equilíbrio novamente. A Postura de Anāhata é Ustrasana (उष्ट्रासन “postura do camelo”). Simboliza uma mulher de lábios salientes, muito suor, um andar um pouco desajeitado, abdômen esbelto, gosta de abrir flores, frutas, sal, azedo e picante, tem a cintura e os lados frouxamente amarrados, fala palavras duras e cruéis, tem um pescoço muito alto e áspero, diz-se que tem a natureza de um camelo (Uṣṭra). Anāhata é assim chamado porque é neste lugar que os sábios ouvem aquele som que vem sem que duas coisas se choquem. O som é produzido por contato, vibração e obstrução. Isso se chama Nāda. Por mais cósmico que se possa ouvir, o silvo cósmico é eterno e existente. Isso se chama Anāhata. Não é produzido por nós, mas apenas ouvido. Nāda (नाद, “som”) é a Consciência prestes a se manifestar como o universo. Também significa som sutil. Não há outra maneira de explicar isso. É como um zumbido nasal. O som feito depois de fechar ambos os lábios é Nāda. Sem Nāda, Bindu não pode ser eficaz, pois bindu não pode ser pronunciado separadamente. Nādabindu refere-se à união do Pai e Mãe, onde Nāda significa Mãe e Bindu significa Pai. Assim, todo o universo consistindo do móvel (Éter) e do imóvel (Vāyu) é da natureza de Nāda (som) e Bindu (poder) respectivamente. Portanto, o universo é permeado pela interseção de dois triângulos, criando um Shatkona. Bindu é o suporte de Nāda. O universo tem o apoio de Bindu. Ambos Bindu e Nāda juntos suportam todo o universo. A unificação do Bindu e Nāda gera Ātman, que é o terceiro fator necessário para o orgulho do feto, além da união da semente masculina e do sangue feminino. É responsável pelas características individuais e mentais. É levado sob a influência (Avidyā) do Karma (trabalho), em contato com um embrião particular. Somente quando está união é efetivada, o embrião começa a se desenvolver. Somente em nossa ignorância (Avidyā) deixamos de compreender a verdadeira natureza da coisa experimentada (o Ātmān), e a chamamos sob vários nomes e formas. Assim, nosso egoísmo, nosso intelecto e todos os estados mentais são manifestações do Ātmān e somente do Ātmān. Ātmān é apenas outro nome para Respiração. Sempre que percebemos uma coisa, a partir de qualquer impressão mental, deve ser o Ātmān e nada mais que percebemos. De onde, de fato, todos os seres nascem; pelo qual, quando nascem, vivem; onde, ao partir, eles entram; Que procuras saber; Isso é a totalidade do Ar (Vāyu). Todo o corpo se sente leve e gostaria de voar. Este é o estado do qual se diz: Nuvens enchem montanhas. Gradualmente, vai e volta bem suavemente; sobe e desce imperceptivelmente. O pulso fica parado e a respiração aos poucos se torna única. Este é o momento da verdadeira união criativa, o estado do qual em meio a escuridão (Moha), o coração celestial de repente começa um movimento. Este é o retorno da única luz (Ātmān), o momento em que a criança ganha vida na casa da energia primordial. Enquanto o coração não tiver alcançado a tranquilidade absoluta, ele não alcança a consciência pura (Cinmātra) que é Ātmān, desprovida de começo e fim. É infinita e é desprovida de causa e efeito. É livre de vida e morte. É uma, é impecável. O corpo físico (Annamaya Kosha) é apenas um lar transitório para a Ātmān. O corpo deixa de existir na morte, mas Ātmān é indestrutível. A Centelha Divina (Bindu) é representado por uma lua crescente com uma gota branca e pode ser experimentado pela prática de Khecarī Mudrā (estado etérico de meditação). Representa também a manifestação de criações, como a consciência pura (Cinmātra). Bindu refere-se a um aspecto da anatomia conhecido como "corpo sutil" que é composto de Água "gotas" e Ar "ventos". Do Bindu surge o Nāda que é o som dado ao pulso (Spanda) do nível supremo da Fala, que anima a realidade mais elevada. O Som de Anāhata (Coração) é Nada (Som), que é latejante e palpitante. Nāda significa “pulso universal da vida” ou “fluxo de consciência”. O Nāda é a primeira expressão da consciência. Ātmān e Prāṇa compartilham o mesmo significado (O sopro da vida, Respiração Vital, Espírito, Princípio da Vida). Controlando a mente, pode-se controlar o Prāṇa, e controlando o Prāṇa, pode-se controlar a mente. Prāṇa é Saṃvit (Consciência). No processo de criação, Saṃvit é primeiramente transformada em Prāṇa. Então Prāṇa é a fase final da própria consciência que é Ātman. Saṃvit ou “consciência-realidade” faz referência à “consciência cognitiva”. Assim, “criação e absorção repousam dessa maneira juntas no sopro vital (Prāṇa). Esta (repousa) na consciência cognitiva (Saṃvit) e aquela na consciência pura (Cinmātra) livre de objetividade. Portanto, a essência da consciência cognitiva é, por sua própria natureza, esta (perpétua) pulsação de Nāda (Spandamāna). Cinmātra refere-se à “consciência pura” que é a bem-aventurança da liberação de Anandamaya Kosha (Kaivalya) que está dentro do Fogo dos Aeons (Saṃvartā). Sua vontade é pura consciência (Cinmātra). Ela só vê e sabe. Essa consciência é o fogo de Anāhata que é a aquela chama que arde dentro do Oceano Cósmico no qual o universo flutua e lhe confere a energia que o sustenta. Literalmente chamado de Fogo que emana da Boca da Égua (Vāḍavāgni) o Fogo Apocalíptico ou Fogo do Juízo Final acende-se no final de cada ciclo cósmico para consumir o universo e abrir caminho para o próximo gerado no início do próximo ciclo por meio de sua energia. Saṃvartā é o fogo que consome os mundos no final de uma era cósmica e fornece a energia que os sustenta em seu período de persistência. No universo ele queima no centro da Ilha da Lua (Candradvīpa), que fica na cidade de Candrapura (Lokapura) que estende por uma vasta extensão, incluindo o local onde agora fica a moderna cidade de Chandā (Chandaṛddhipāda), um lugar que em outros contextos é chamado de Oceano da Yoni. Candradvīpa (चन्द्रद्वीप) refere-se ao nome de uma região celestial, a “Ilha da Lua”. É um grande e belo jardim. Tem muitas árvores e, divino, o chão é cravejado de pedras preciosas. Tem muitas cavernas, lagos e matagais e é adornada com grandes lótus. É lindo, muito confortável e cheio de muitos sons (agradáveis). Sempre na primavera, o Senhor do Amor (Eros) fixou residência ali. Localiza-se fisicamente a oeste de Meru próximo ao (Monte) Gandhamālya e, ao redor, sua circunferência (medidas) 5.000 léguas (yojana) e simboliza o Reino do Céus (Ouranos) semelhante ao Jardim do Éden e equivalente ao Campos Elísios. Cheia de muitas florestas e ermidas, divina, é a própria beleza da Lua e é adornada com um pico de montanha. Ali, no centro da Ilha, encontra-se a Pedra Filosofal que é o Tesouro da Luz que é o Brilho do Sol e representa o “Nó da Lua” (Soma) que está no estômago e se confundi com o “Nó do Sol” que está no umbigo. Ambos representam a posição de Manipura (Cidade das Jóias) que é indicada como estando atrás do umbigo ou do plexo solar cuja função é absorver e assimilar o Prāṇa do Sol, produzindo hormônios importantes envolvidos na digestão e convertendo alimentos em energia da mesma forma que irradia Prāṇa por todo o corpo. Pode ser estimulado pela prática de Nauli que faz subir o Prāṇa até outro nó chamado Ananta (Infinito) que é Háṃsa: um som que a respiração faz ao inspirar e expirar. Essa ressonância vibratória é Nāda (Som) do Absoluto que o praticante ouve internamente no decorrer dos exercícios espirituais e que levam a liberação do corpo. O espírito é pensamento; o pensamento é o coração; o coração é o fogo; o fogo é o Elixir (Vāyu). A respiração vem do coração assim como Prāṇa vem do Sol. O que sai do coração é a respiração. Assim que o coração se agita, desenvolve-se a energia da respiração. A energia da respiração é originalmente uma atividade transformada do coração. Como o coração e a respiração são mutuamente dependentes, a circulação da luz deve estar unida ao ritmo da respiração. Para isso, a luz do ouvido é, acima de tudo, necessária. Há uma luz do olho e uma luz do ouvido. A luz do olho é a luz unida do sol e da lua lá fora. A luz do ouvido é a semente unida do sol e da lua dentro. A semente é assim a luz em forma cristalizada. Ambos têm a mesma origem e são diferentes apenas no nome. Portanto, compreensão (ouvido) e clareza (olho) são a mesma luz efetiva. Ao sentar-se (Zazen), depois de abaixar as pálpebras, usa-se os olhos para estabelecer um fio de prumo e depois desvia a luz para baixo. Então o coração deve se tornar bastante leve e insignificante. Quanto mais ele é liberado, menos ele se torna; quanto menor, mais silencioso. De repente, fica tão quieto que para (Sannyāsa). Então a verdadeira respiração se manifesta e a forma do coração vem à consciência (Kumbhaka). Se o coração é leve, a respiração é leve, pois cada movimento do coração afeta a energia da respiração. Se a respiração é leve, o coração é leve, pois cada movimento da energia da respiração afeta o coração. Para estabilizar o coração, começa-se por cuidar da energia da respiração. O despertar do espírito é realizado porque o coração morreu primeiro. Quando um homem pode deixar seu coração morrer, então o Espírito Primordial (Paramatman) desperta para a vida. Matar o coração não significa deixá-lo secar e murchar, mas significa que ele se tornou indiviso e reunido em um (Paramāṇu). Paramatman é Paramāṇu, então ouça, vou explicar o grande princípio pelo qual a criatura arrependida se torna uma alma liberada. Nosso primeiro (Gênesis) nascimento (Janman) foi partenogenético (Sammurchina). A Terra (Gaia) gerou o Céu (Urano) assim como Maria gerou Jesus. Nosso segundo nascimento foi por fecundação (Garbha) onde, com seu filho Urano, Gaia gera os doze Titãs, sendo seis masculinos e seis femininos e inspiração tanto para as Doze Tribos de Israel quanto para os doze signos do zodíaco (Rāśi) Nosso terceiro e último nascimento será pela morte (Upapada), no qual passaremos a existir não mais como objetos celestes (Jyotiṣka) porque já existem, como o sol (Surya), a Lua (Candra), os planetas (Graha), as constelação (Nakṣatra) e estrelas perdidas, mas como seres astrais (Vaimānika) no Éter (Akasha-Tattva) de Siddhakṣetra, nascidos como divindades primordiais, da mesma forma que os primeiros seres, que são Caos, Gaia, Tártaro, Eros, Erebus, Hemera, Nyx. Dessa maneira, chega-se ao fim (Ātyantikapralaya) de tais processos (Pratītyasamutpāda) através da concentração da mente (Zazen) e dos órgãos dos sentidos (Pranayama) que de fato se atinge a mais alta devoção, pois é superior a todos os Dharmas (Lei). O Prāṇa é a aquela chamada Respiração Vital e está em seu próprio lugar (isto é, na respiração). No corpo sutil (Bindu), o Haṃsa é identificado com o canal medial vazio (Sunya) através do qual a energia vital, a respiração e a consciência descem na individuação do Absoluto (Paramatman) em um ser individual (Ātmān). Em todas essas tradições, respirar equivale a identificar a alma individual com o absoluto (Paramatman). Haṃsa, um termo traduzido como “cisne”, “ganso” ou “ave migratória” tem o poder de discriminar entre o real e o irreal, como separa o leite da água. O cisne entende a distinção entre ignorância (Ātmān) e conhecimento (Paramatman) percebendo os movimentos do Sopro Vital (Prāṇa). De fato, o Éter (Espaço) é chamado de “sede” do Haṃsa, e uma série de fontes posteriores, identifica a inspiração e a expiração com as sílabas haṃ e saḥ. O ganso cósmico, buzinando no vazio, torna-se assim uma metáfora para a reabsorção — da respiração individual, som e alma — no Absoluto (Paramatman). Candradvīpa (A Ilha da Lua) é considerada a quinta e mais importante das cinco ilhas que correspondem a cinco grandes eras cósmicas (Mahākalpa). Tem portas e arcos e queima brilhantemente com paredes envolventes (Prākāra) e torres de templos (Sikhara). A Ilha da Lua é o mundo humano e o locus da criação. Fundamentada em uma identidade metafísica superior, é tanto manifesto quanto imanifesto; a bem-aventurança que é a essência da emanação. A Chama do Coração é Vāḍava (वाडव) o “Fogo do Juízo Final” que fica no centro dessa ilha e destrói tudo no universo em movimento (Prāṇa) ou não (Vāyu) que consiste em Māyā (Mahāmoha), assim como faz com todas as águas (de existência fenomenal). O mineral (Dhātu) associado (princípios corporais fundamentais) é o Sangue (Rakta). Feito pela mistura da água (Terra) com o ar (Céu) dentro da Ilha da Lua que no centro está a Pedra Filosofal que é o Tesouro da Luz que é o Brilho do Sol e representa o “Nó da Lua” (Soma) que está no estômago e se confundi com o “Nó do Sol” que está no umbigo. Ambos representam a posição de Manipura (Cidade das Jóias) que é indicada como estando atrás do umbigo ou do plexo solar cuja função é absorver e assimilar o Prāṇa do Sol, produzindo hormônios importantes envolvidos na digestão e convertendo alimentos em energia da mesma forma que irradia Prāṇa por todo o corpo. Antes de nascermos representa o Útero (Yone) mas depois que respiramos, o Ātmān torna-se um Espírito Consciente, muito evidente, muito eficaz e pode adaptar-se incessantemente. É o governante do coração humano. Enquanto permanece no corpo, é o animus. Após o abandono, torna-se o Espírito Primordial (Paramatman). Cansado da eternidade (Mahāmoha) usa seu poder (Aṇimā-Siddhi) tornando-se pequeno como uma átomo (Paramāṇu) e assim se torna a morada do recém-nascido. Ele mora no Coração (Anāhata). A partir daí o Coração é mestre e o Espírito Primordial perde seu lugar enquanto o Espírito Consciente tem o poder. O Paramatman é pura consciência, representa o Espírito Primordial e contém em si todo conhecimento e toda a energia; é independente, livre e essa é a sua natureza. Quando decidimos descansar (Sannyāsa) nosso espírito, desencarnando do corpo, nossa alma (que é nosso espírito encarnado) se converte em uma grande corrente de luz (Vāyu) que brilha excessivamente e os Receptores Retributivos de Melquisedec “Rei da Justiça” (que conduzem o espírito para fora do corpo) sente temor pela luz dessa alma (Bindu) e inclinam suas cabeças. Sannyāsa refere-se a (desmaio maligno) e representa “renúncia" por se tratar de uma doença que ataca um homem fraco (Prayopavesa) quando um excesso altamente anormal de Vāyu (Prāṇāyama), bem como outros materiais no corpo (Panchamakara), recorrem às partes vitais e especialmente ao coração e ao sistema respiratório. Assim, interrompe a ação do sistema vocal, do corpo externo e da mente, fazendo o paciente cair morto como um tronco de madeira. Nesse momento, essa alma se torna um grande fluxo de luz (Vāyu) que se formar inteiramente em asas de luz (Paramatman) eterna que penetra todas as Regiões dos Governantes (Samsara) e todas as Ordens da Luz (Indrajāla), até atingir a região do Tesouro da Luz onde está a Pedra Filosofal (Śilā), situada na Ilha da Lua e representa o Brilho do Sol, raiz de Prāṇa, que envolve o trabalho sobre a circulação da luz e depende inteiramente do movimento de retorno, de modo que os pensamentos (o lugar de Cinmātra que está no Anāhata) sejam reunidos (Ātmān). O coração celestial está entre o Sol e a Lua (os dois olhos). Portanto, basta fazer circular a luz: esse é o segredo mais profundo e maravilhoso. A Luz (Prāṇa) é fácil de mover, mas difícil de consertar. Se for feito circular por tempo suficiente, então se cristaliza; esse é o corpo espiritual natural. Se se mantiver isso por muito tempo, desenvolve-se naturalmente, além do corpo, outro corpo-espírito. Quando o espírito viver, a respiração começará a circular de maneira maravilhosa. Olha-se com os dois olhos na ponta do nariz onde fica a Roda do Comando (Ajñā) que está entre as sobrancelhas. É um Fogo (Vāḍava) em forma de Ponto (Bindu) localizado no Centro da Lua e representa o Brilho do Sol. No meio dela está a semente do poder (Paramāṇu), vermelha como o vermelhão. O mineral (Dhātu) associado (princípios corporais fundamentais) é o Sangue (Rakta). A perfeita contemplação de Samādhi (Conclusão). Aquele que sabe disso é perfeito e uma vez alcançado este Plano se chamado Astral, que é Vazio e Não Vazio (Śūnyatā) representando o Éter que é o Espaço, o perfeito é libertado (Kaivalya) da escravidão da matéria (Manuṣya). Então senta-se (Zazen) ereto, numa posição confortável e mantém o coração no centro em meio às condições. Deve-se contentar em ver o pensamento surgir e não buscar além do ponto de origem (Dhyāna); pois encontrar o coração (ficar atrás da consciência com consciência), isso não pode ser feito. Juntos, queremos descansar os estados do coração; essa é a verdadeira contemplação (Samādhi), a intensa auto-absorção (Kumbhaka). Nesse estágio, o indivíduo vivo (Jiva) se funde com seu objeto de foco (Vāyu) e transcende o eu (Ātmān) completamente para uma absorção completa da inteligência (Cinmātra) escapando e se libertando da escravidão de Samsara (Mundo) para descansar eternamente no Aeon Treze que é a região do Ain, o Absoluto Imanifestado. Sua morada é o Pleroma (Siddhakṣetra) que representa o Plano Astral (Āntarikṣa) localizado a cima da atmosfera da Terra (Gaia) simbolizando o Éter (Espaço).
Fontes
http://www.rexresearch.com/goldflwr/goldflwr.htmh
ttps://www.wisdomlib.org/
https://www.sacred-texts.com/chr/ps/ps003.htm
https://en.m.wikipedia.org/wiki/The_Garden_of_Earthly_Delights
