R: Não, mas se seu corpo estiver em perigo ou doente e não encontrar saídas ou soluções para o sofrimento, morrer por jejum é a melhor opção.
Mas se não preciso de jejum até morrer para me salvar, por que então, se meu corpo estiver em perigo, deverei jejuar?
R: Para ele aprender a reter e conservar energia.
Como isso é possível, se ao jejuar estarei me privando de energia?
R: A eficiência energética do corpo é prejudicada pelas paixões. Existem 4 tipos de paixões. O Medo, o Desejo, o Prazer e a Dor. O seu corpo físico, junto com sua mente, nasce ignorante sobre tudo, inclusive sobre a paixão, mas com o tempo, vai aprendendo e aprendendo, vai evoluindo. O ápice da evolução do corpo físico é atingido quando ele alcança um poder chamado Atapa, que significa “digestivo” e representa um dos sete tipos de ṛddhis (poderes extraordinários) de austeridade (tapas). É o poder extraordinário, pelo qual se converte todos os alimentos em energia e não gera nenhum excremento (como todos os objetos lançados no fogo são destruídos completamente), que só é possível adquirir através do jejum.
Por que somente através do jejum?
R: A comida quando entra no corpo, força o corpo a trabalhar na digestão, então o corpo se dedica e se concentrar no trabalho digestivo. Já o trabalho cognitivo que é a inteligência e os pensamentos ficam parados. Com o trabalho cognitivo estagnado, a mente fica lerda e preguiçosa. Assim, abre portas para a paixão. Abrir portas para a paixão significa que seu corpo reconhece que está com energia extra no estômago e por essa energia, faz dispersar Medos, ou Desejos, ou Prazeres ou Dores. As paixões, agindo no corpo por conta da energia extra, cria primeiro o medo e obriga o corpo constantemente a procurar por prazer. A fome não é uma dor mas um desejo. Quando comemos, matamos esse desejo. Quando um desejo do corpo morre, surge seu oposto que é o medo e a busca por prazer recomeça. O desejo então é fonte de poder do corpo porque fica entre o medo e o prazer. Quando a comida entra no corpo, o corpo inicia um trabalho biológico grotesco de digestão. Quando o estômago está vazio o corpo inicia um trabalho neurológico grotesco de pensamentos. Os pensamentos são a fonte do desejo e o desejo sendo a fonte de poder elimina o medo. O prazer é o ponto entre o desejo e a dor. Primeiro o corpo sente medo, depois sente desejo, depois prazer e depois dor. A dor só existe quando o prazer acaba. O prazer só acaba quando o desejo morre. O desejo sexual é o principal desejo do corpo que está diretamente ligado com a comida. Quanto mais um corpo sente desejo menos ele sente medo. Quanto menos um corpo sente medo mais ele pensa. Quanto mais um corpo pensa mais deixa de sentir dor. Essencialmente, o desejo limpa nosso corpo de toxinas e força as células a processos que geralmente não são estimulados quando um fluxo constante de prazer está sempre presente. Quando estamos com fome, o corpo não tem o acesso habitual à glicose, obrigando as células a recorrer a outros meios e materiais para produzir energia. O corpo possuí inteligência própria. Como resultado, o corpo inicia a gliconeogênese, um processo natural de produção de seu próprio açúcar. O fígado ajuda convertendo materiais não-carboidratos como lactato, aminoácidos e gorduras em energia de glicose. Como nossos corpos conservam energia durante o desejo, nossa taxa metabólica basal (a quantidade de energia que nosso corpo queima enquanto descansa) se torna mais eficiente, diminuindo assim nossa frequência cardíaca e pressão arterial. A cetose, outro processo que ocorre mais tarde no ciclo rápido, acontece quando o corpo queima a gordura armazenada como sua principal fonte de energia. Este é o modo ideal para perder peso e equilibrar os níveis de açúcar no sangue. Quanto mais um corpo sente desejo mais ele pensa e quanto mais ele pensa mais deixa de procurar prazer, o que faz eliminar todo o sofrimento.
Qual sua opinião sobre o consumo de carne?
R: Saborosa 🤤
Então você é a favor da morte de animais?
R: Não.
Então por que acha a carne saborosa?
Por que infelizmente ela é, e isso não significa que eu seja a favor da morte. Hoje podemos comer carnes artificiais, veganas e etc.
Qual a diferença?
R: A carne é a pior matéria para o corpo digerir, pois a carne é da mesma composição material do corpo, então os ácidos estomacais não servem para digerir-lo por que o corpo já é feito disso. Os ácidos estomacais conseguem digerir água, frutas, legumes, grãos cozidos e etc mas carne é muito difícil, então a carne até virar excremento leva muito tempo de molho no ácido, o que danifica as paredes estomacais que também são feitas de carne gerando úlceras e mais tarde, apendicite. Isso vale para todos os elementos da Terra que entram no corpo. Tudo faz com que o corpo trabalhe muito. A Água é a mais branda, depois vem o leite, o iogurte, as frutas, alguns legumes e grãos bem cozidos.
Qual a melhor maneira de jejuar?
R: Depende do que você busca para o seu corpo físico. Se você buscar imortalidade como nunca mais envelhece, adoecer e morrer, então é bom jejuar até o fim do corpo. Agora se você busca alcançar todos os Pancabhijna "cinco superconhecimentos” então você poder seguir jejuns como os feitos pelo Senhor Moises ou o feito pelo Nosso Senhor Jesus Cristo que são de quarenta dias e quarenta noites sem comida e sem água, mas se você quiser apenas Atapariddhi para ganhar poder e simplesmente viver com seu corpo físico, você poder fazer o feito pelo Senhor Apóstolo Paulo de apenas três dias e três noites sem água e comida.
Como funciona o processo biológico de Atapa e como eu sei que atingi estando em jejum?
R: Atapa é um poder mágico e por magia se entende como algo psíquico ou supranormal. Assim como o nascimento é inexplicável, também são os poderes mágico do corpo. Não há como saber quando você estará alcançando eles. Você pode buscar, praticar, procurar até você mesmo achar. Mas como um pirata na busca pelo tesouro, ele não tem como saber exatamente onde está. Ele tem como ter uma noção pelo seu mapa, mas exatamente, somente quando finalmente encontrar e antes disso, o que resta mesmo é olhar o mapa e não desistir de tentar. Assim, você fará o jejuam até onde conseguir e quando não conseguir mais, você pode voltar a comer e se perceber que não alcançou, volta a jejuar e assim, quando se der conta, estará livre da fome e logo, definitivamente livre do sofrimento que é o que mais importa.